O presente artigo
consiste em analisar o papel da didática no contexto histórico, sócio,
politico, econômico e cultural na realidade brasileira, fazendo uma abordagem
sobre diversos aspectos, que deve ser relevante para o estudo supracitado,
dentre eles: conceituar a didática; destacar o docente e o aluno no contexto educacional; analisar os aspectos
do processo de ensino-aprendizagem e métodos avaliativos.
A importância do elemento
cognitivo social no ensino, feedback , e
como pode transformar a vida do individuo e da sociedade num todo.
Enfatizar, que os movimentos sociais e
integração entre as IES, rumam para um aperfeiçoamento dos programas
pedagógicos e uma hegemonia curricular,
também altera as politicas governamentais. Menciona que há uma
propagação do ensino EAD, e a diferença entre o conteúdo de aprendizagem da
modalidade presencial e do ensino a distancia.
Este trabalho vem organizado por subtemas
os quais são eles: História-social; O neoliberalismo como ideologia Social-educativa;
A Educação no Brasil; Didática do Ensino Superior; Modalidade Ensino a Distancia; O Educador.
Historia-social.
Na década de 70, foram
feitas reformas educativas na América Latina, com o objetivo do estudo se
direcionado as necessidades produtivas.
Adaptando-se, as diferenças culturais
de cada país e suas propostas politicas, este elemento criou transformações na
escola e na sociedade.
As ideias marxistas,
onde o trabalhador deve ser equipado com o conhecimento e aperfeiçoamento
dentro da atividade empresarial que desempenha, tornou-se a meta dos países em subdesenvolvidos
e em desenvolvimento.
Os setores, que deveriam crescer em conhecimento, eram
estipulados pela classe dominante, burguesia.
Nos anos 90, a
exigência trabalhista aumentou o curso técnico atrelado ao processo educacional
profissional, foi substituído pelo de nível superior.
Sendo assim, o país que pretendesse
sair do rol dos subdesenvolvidos, deveriam ter cada vez maior o número, de seu
contingente profissional, na situação de graduado.
Muitos educadores, que
optaram em injetar em seus alunados esta proposta, passando através do
pensamento, que só teria chance de
crescimento social, quem tivesse nível superior.
Colaboraram assim, para a
desvalorização do trabalho técnico e o aumento descomunal do numero de
graduados.
A educação, portanto, tornou-se
um espaço de disputa entre grupos econômicos, sendo um dos critérios de
avaliação do desenvolvimento socioeconômico de um pais.
Todavia, nesta situação
o educador com visão do futuro, teria que superar no espaço social, a imposição
de opressão entre classes, e direcionar suas ideias de forma coerente,
orientando seus alunos, para uma visão de vitorias sociais, mantendo sua
identidade de classe.
Sendo assim, não haveria necessidade, de possuírem nível
superior, para serem bem sucedidos.
Na visão atual a politica
educacional, se direcionou a elevar os níveis de qualidade da educação, dentro
da concepção do Banco Mundial, sendo seus níveis de avaliação dos países,
usando como base de referencia o grau de desenvolvimento social atrelado a os
fatores: tempo de instrução, ou seja, idade x escolaridade; aperfeiçoamento dos
docentes; exclusão do analfabetismo; etc.
É fato que este tipo de
avaliação, imposta, não é justa para os países que compõe a América latina e
outros.
Por estarem fora das suas realidades culturais, regionais e econômicas.
Devido que, cada classe social tem sua ideia de satisfação dentro de sua
realidade, porque a escolaridade deve ser vista de forma individual dentro da
necessidade de cada um.
O
Neoliberalismo como Ideologia Social - educativa.
Nas décadas de 70 e 80, com a queda do
desenvolvimento dos países socialistas e o crescimento dos governos
capitalista, foi o marco da nova politica econômica internacional.
Esta foi, à
alavanca para o surgimento do neoliberalismo, e a sua filosofia, que para um
governo ser equilibrado, deve ter uma estabilidade em seu mercado interno, na
sua situação financeira, monetária, índice de inflação baixo, possuir reservas
cambiais e aliados poderosos políticos nacionais e internacionais.
Neste
contexto, é adotada a liberdade de mercado, no entanto, cabem ao governo
regular suas politicas e conter os grandes monopólios.
Também, obriga o Estado,
a ter gastos que venham a suprir as necessidades essenciais da sociedade, tais
como educação, previdência social, saúde, etc. com objetivo, de desenvolvimento
de todos os países internacionais, que compunham o bloco capitalista, sendo a
prioridade o terceiro mundo.
Nesse aspecto, a melhoria das condições de vida, o
acesso à informação e qualidade de ensino seriam pressupostos imprescindíveis
para que o neoliberalismo alcança-se êxito.
A privatização das
empresas governamentais, é uma das metas desta ideologia, para que as mesmas sejam equipadas a nível
internacional, aumentando a qualidade da produção.
Contudo, esta proposta, não
conseguiu levar as nações menos favorecidas ao crescimento e desenvolvimento
planejado.
Pelo contrario, aumentou a diferença econômica entre as classes
sociais, pois propiciou demissões e a queda econômica social no mercado de
trabalho.
No Brasil o neoliberalismo
teve início da década de 1990, período marcado pelas grandes privatizações.
Uma
das bandeiras governistas para implantar esta nova ideologia, foi à caça aos
marajás, e a modernização do serviço publico dando basta a burocracia, campanha
do governo Collor de Mello.
Nesta nova estrutura,
foi aprovado em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases. Na qual, em seu artigo 7º
afirma, que “o ensino é livre à iniciativa privada” e legisla sobre as
condições para tal.
Assim ocorrendo, o aumento do número de escolas
particulares.
De acordo, com as
diretrizes do Banco Mundial, houve uma injeção brutal nos setores de Educação
Básica aumentando muito o numero de matriculas.
Assim, o Ministério da Educação, brasileiro,
estabelece as metas para o setor a serem alcançados a cada dez anos, através do
Plano Nacional de Educação.
O PNE deixa claro que o principal esforço público
tem que ser feito para melhorar a Educação Básica e que o ensino universitário
é uma área que deve crescer com o auxílio público ao capital privado.
Em relação ao Ensino
Superior, a 12ª Meta do projeto aponta a necessidade, de elevar em 50% a taxa
bruta de matrículas da população entre 18-24 anos no ES.
Neste caso, o aumento
de matrículas será constituído principalmente nas Instituições de Ensino
Superior (IES) privadas.
O papel do Estado, seria aumentar programas como o ProUni
(Programa Universidade Para Todos) e o FIES (Fundo de Financiamento Estudantil)
.
A 15ª meta a alcançar é
que ate 2020 todos os professores de Educação Básica devem ter formação
Universitária. Com a proposta de alcançar esta meta, todos os programas como
CEDERJ, FUNAI - ensino superior indígena, Faculdade SENAI, facilita o ingresso
de docentes.
A 20ª e última meta do
PNE, menciona o investimento publico na área, tendo como proposta investir até
2020 7% do PIB – Produto Interno Bruto, hoje se investe 5,3 %.
Todavia, os
movimentos sociais reivindicam a muito, que este percentual seja de 10%, índice
aprovado pela Câmara de Deputados no ano de 2012.
As contradições
existentes, nesta nova ideologia econômica- social, fez aumentar as crises
sociais como a violência, marginalidade, consumo de droga.
A classe social
menos favorecida, não vê neste modelo econômico, condição de melhora
econômica-social. As ações sócias paternalistas do Governo, só fazem
concretizar a esta classe menos favorecida que eles nunca chegaram a lugar
nenhum.
Mesmo com o acesso as
Universidades Publicas pelo ENEM, esta longe de diminuir as diferenças entre as
classes sociais.
Com o aumentando a insatisfação social, esta ideologia de
desenvolvimento prova ser ineficaz, contudo, deve se continuar, a se enfatizar
as ações sociais econômicas de transformações democráticas.
A
Educação no Brasil.
A implementação dessas
concepções políticas de formação, ocorreu no Brasil, desde o final dos anos 80, e se consolida na
década de 1990, em harmonia dos acordos
firmados na Conferência de Ministros da Educação e de Planejamento Econômico,
realizada no México, em 1979, e na Conferência de Jontien, em 1990, na
Tailândia.
Os países focos nestes
encontros, foram em especial na América Latina e no Caribe, objetivando
aumentar o capital, e elevar a nível satisfatório a aprendizagem básica.
Sendo assim, a
qualidade da escola básica, passa a ser meta das politicas implantadas pelo
MEC, na busca de incentivar e facilitar mudanças na formação de professores.
Tais ideias
educacionais, na produção teórica e pratica, foram questionadas pelos
educadores no fim dos anos 70, por estarem fora da realidade do contexto
social.
As entidades como a
Associação Nacional pela Formação dos Profissionais da Educação (Anfope) – que
se organiza a partir de 1983 como Comissão Nacional pela Formação dos
Profissionais da Educação (Conarcfe) –, com o objetivo de reformulação dos cursos de formação de
professores, veio alimentar a discussão de uma concepção sócio histórica em
oposição ao ensino de conteúdo puramente técnico com objetivos políticos.
Em relação ao conteúdo
programático, para a formação de professores existia uma proposta, de uma
formação básica comum de âmbito nacional, contra a concepção de um currículo
mínimo, que poderiam cursar a fragilização e degradação da formação
do profissional de ensino.
Neste período também,
surgiram os movimentos de politica nacional global, referente a formação dos
profissionais em educação, tendo como proposta a valorização do magistério.
Onde os professores,
teriam os direitos trabalhistas em condição de igualdade na carreira de ensino,
salario digno e formação continuada, sendo a manutenção destas garantias obrigação
do Estado e das Instituições de ensino contratantes.
Assim sendo, não se
pode ignorar, que para o docente alcançar êxito na didática, ele deve compor
três etapas básicas: - Apresentação, ter a visão do ambiente cognitivo ao qual
vai se relacionar; - Comunicação, é a habilidade de simplificar o vocabulário
didático, para facilitar o entendimento, sem ofender ao aluno; - Planejamento,
consiste em, que o programa do curso, amplie a visão modificadora do aluno,
para transformações futuras em todos os níveis politico-econômico-social.
Didática
de Ensino Superior.
A didática em sua
definição básica, é caracterizada como a pratica do ensinar , definição dos
primórdios do século XII.
Seguindo, o postulado
da Escola Nova no século 50, com a proposta de superar a escola tradicional,
onde o aluno aprendia decorando, assim a nova proposta, deveria incentivar o
interesse e a curiosidade infantil.
Nos princípios, de individualização e
liberdade, onde o aluno aprende fazendo.
Com a entrada do
enfoque humanista, nos anos 60 e 80, centrado no processo interpessoal, enfoca
o ensino e a aprendizagem como uma técnica de ação intencional, e sistemática
para melhor organizar o processo de
aprendizagem.
Sendo assim,
direcionando o conteúdo programático e as técnicas de ensino, para as questões
econômicas politicas do momento, ou seja, a produtividade, a eficiência, a
racionalidade, a operabilidade e controle.
Acabou afastando assim, o alunado da
autoaprendizagem e do raciocínio individual.
Assim, identificasse a
influencia direta da industrialização no processo educacional, acrescentando a
objetividade.
Nos anos 70, surgem as
criticas deste tipo de didática.
Por ser um modelo tecnicista, direcionado a
componentes politico – econômico.
Na atualidade, a
perspectiva fundamental é assumir a multifuncionalidade do processo de
ensino-aprendizagem, e articular suas três dimensões: técnica, humana e
politica, no centro configurador de sua temática.
Tendo por se
caracterizar, pela pratica pedagógica concreta, e seus determinantes; textualizar
e repensar as dimensões técnicas e humanas, ao analisar as diferenças
metodológicas, direcionando a realidade cultural e regional dentro de cada
contexto social.
Seguindo esta linha de
raciocínio, objetivando a eficácia didática surgiu a avaliação – ensino. Para
Both(1999:11), a
avaliação e o ensino devem manter simultaneidade, e concomitância de ação, de
intervenção e de efeito, pois ensinando avalia-se, e avaliando ensina-se, ao
mesmo tempo.
Com o objetivo. de
visualizar a comunicação existente entre o professor e aluno, a avaliação da
pratica didática, é fundamental para verificar se o conteúdo programático esta
sendo bem entendido.
O processo, de ensino- aprendizagem tem característica
feedback, por isso a necessidade de avaliação constante da didática.
Hoje, com objetivo de
expansão do ensino nas categorias de técnico, aperfeiçoamento profissional,
graduação, pós-graduação, etc., surgiu à figura do tutor (professor), formado
ou em curso do nível superior, habilitado em determinada disciplina, para
compor a modalidade de ensino a distancia.
Independente da categoria
do ensino, ou seja, presencial ou a distancia, a pratica pedagógica deve ser
sempre avaliada, para que seu objetivo seja alcançado, melhorando assim, o
aprendizado do alunado. Nesta categoria, a auto- avaliação também é importante.
Modalidade
Ensino a Distância.
Com o crescimento, da
pratica pedagógica do ensino a distância, caracterizado pela autoaprendizagem.
Nesta modalidade de ensino, o aluno é educado por aulas em vídeo, apostilas,
biblioteca virtual, fórum participativo, treinamento por simulado, e ainda
podendo tirar duvidas em algumas disciplinas com orientadores presenciais.
A diferença em relação à
avaliação(prova), é que esta é composta de uma gama absurda de conhecimento,
que diferencia-se do programa presencial, ao qual o aluno só é avaliado sobre a
matéria que o professor consegue transmitir, muitas vezes com o conteúdo
muito a quem, do exigido como conhecimento mínimo para a disciplina.
Assim a categoria a
distancia, muito embora facilite o ensino para quem trabalha ou mora longe da
universidade de escolha, em questão de conteúdo programático, ultrapassa e
muito o ministrado nas disciplinas presenciais.
Se o ensino no Brasil,
nesta modalidade a distancia continuar a neste nível.
Aos que resistirem a esta
cobrança, programática extensa e se formarem, terão uma ampla gama de
conhecimento teórico, estando assim, melhor preparado para o mercado de
trabalho na sua ampla diversidade.
O
Educador.
A produção teórica do
movimento dos educadores, evidencia a concepção avançada, sobre a formação do
educador, não só em seu caráter sócio histórico, mas principalmente, para
contribuir numa proposta que harmonize as discrepâncias, presentes na formação de professores e de
especialistas, entre bacharelados e licenciaturas, e entre pedagogia e as
demais licenciaturas.
Esta é uma situação presente, mais não tão clara para os
profissionais como sujeitos no trabalho, e a competência para realização dos
mesmos, tanto no campo pedagógico, como na construção de projetos coletivos.
A integração, entre o
ambiente: politico, social, cultural e a educação, no ambiente escolar,
torna-se tão estreita que a sociedade capitalista influencia na formação do
educador.
Fato que, provoca oposição entre os projetos educacionais
conservadores, e os projetos históricos, que buscam a superação do capitalismo,
para adegue a uma sociedade mais humanizada.
Essas concepções
encontraram sua forma mais elevada, na elaboração da base comum nacional, que
vem sendo construída nas propostas concretas, de padronização curricular nas
diferentes IES, brasileiras, organizando o corpo de educadores, em torno de
princípios que circundam a formação.
Concluindo.
Concluindo, o
compromisso social e político do profissional da educação, devem estar enfatizados
na característica sócios históricos, ou seja, não afastado dos movimentos
sociais.
Para tanto, quando o educador, usa atividade cognitiva humana, onde o
sujeito é referencia de analise das condições de aprendizagem, esta vinculação
abre caminho para novas estratégias e procedimentos didáticos, suprindo alguma
quebra de comunicação, podendo ocorrer transformação nos programas pedagógicos.
Assim, a gestão
democrática, tem sido um instrumento de luta contra a gestão autoritária na
escola.
Neste ambiente do cotidiano escolar, tem que se superar as normas
técnicas administrativas, a fim de apreender o significado social das relações,
onde o ensinar é composto de feedback , para que haja a real aprendizagem.
Contudo, a avaliação do
ensino, do educador, do aluno e a auto avaliação torna-se cada vez mais
essencial no processo de aprendizagem, para que haja aperfeiçoamento na
didática e se avalie o conteúdo programático pedagógico utilizado, observando se
esse esta a contento, para alcançar a melhor formação do profissional.
Para saber mais sobre o assunto.
BOTH,
Agostinho. Gerontologia: educação e longevidade. Passo Fundo: Imperial, 1999.
LOWMAN, Joseph.
Dominando as Técnicas de Ensino. São Paulo: Atlas,2004.
MARTINS, Aglay Sanches
Fronz. A importância da Didática no Ensino Superior. Anuário da
Produção Acadêmica Docente. Vol.III, Nº.5. Anhanguera Campinas. São Paulo: 2009.
PERRENOUD, Phillippe. Dez novas competências para
ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2000.
ROGERS, Carl. Liberdade
de aprender em nossa década. Porto Alegre: Artes Médicas, l986.
SAUL, Ana Maria. Avaliação Emancipadora. Desafio à Teoria
e à Prática de Avaliação e Reformulação de Currículo. São Paulo: Cortez, l988.
http://www.ufpe.br/nehte/simposio/anais/Anais-Hipertexto-2010/Niege-Guedes-Matos.pdf Acesso em 08/01/2014.
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Prof. Dr. Fábio Pestana Ramos.
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