Para entender a história... ISSN 2179-4111.
Ano 7, Volume dez., Série 09/12, 2016.
Prof. Dr. Fábio Pestana Ramos.
Doutor em Ciências Humanas - USP.
MBA em Gestão de Pessoas - UNIA.
Licenciado em História - CEUCLAR.
Licenciado em Filosofia - FE/USP.
Bacharel em Filosofia - FFLCH/USP.
Com o incremento da epopeia marítima portuguesa a
partir de 1497, quando Vasco da Gama abriu a rota da Índia, em um momento em
que o Brasil não teve grande importância econômica, constituindo mero ponto de
passagem para os navios da Carreira da Índia[1],
cresceu também a demanda de mão de obra para construir e tripular as naus
lusitanas.
Abundaram homens a se oferecerem para imigrar às novas possessões da
Coroa no Oriente, pois esta ao seu ver constituía uma excelente oportunidade de
enriquecimento rápido e fácil que no Reino nunca poderia ser alcançado.
Em contrapartida, a carência de mão de
obra se fez sentir agudamente nos escassos navios que começaram a rumar a Terra
de Santa Cruz, obrigando a Coroa a adotar soluções paliativas.
A muito, nos grandes centros urbanos de
Portugal os vagabundos e crianças abandonadas a perambularem pelas ruas
constituía um grande problema, fato agravado por um crescente êxodo rural,
sendo que a imensa maioria dos adultos haviam migrado para as cidades
exatamente em busca da oportunidade de servirem na rota da Índia, justamente em
um momento em que os postos abertos não podiam absorver toda a mão de obra
desocupada, ao mesmo tempo, o número de crianças abandonadas só tendia a
aumentar proporcionalmente ao número de camponeses empobrecidos a rumarem para
as cidades.
Durante o século XV o recrutamento de
forçados havia se mostrado útil ao preenchimento de navios para os quais
ninguém queria se oferecer para servir como marinheiro, pois, no período
temia-se o confronto com o desconhecido oferecido dia-a-dia aos navios que se
aventuravam cada vez mais ao sul.
Assim, a resolução da questão da falta da mão
de obra na rota do Brasil pode ser facilmente contornada através do emprego
daqueles que haviam sido excluídos pelas circunstâncias da Carreira da Índia.
Inicialmente,
o emprego de crianças a bordo foi restrito, isto porque ainda não se fazia
necessário, pois o rapto de vagabundos e o uso de degredados dava conta de
suprir a carência de braços. Fazendo-se sentir a falta de marinheiros, conforme
a “necessidade”, os “privilégios” eram quebrados e “vadios e desobrigados”[2]
eram compulsoriamente embarcados nos navios que deles necessitassem, vagabundos
e ciganos eram pura e simplesmente raptados ou presos sob algum pretexto, ao
passo que as cadeias eram esvaziadas, sendo os criminosos obrigados, através de
degredo, a migrarem para o Brasil ou servirem por determinado período em
embarcações da Coroa e ou de particulares[3].
Não
obstante, com o crescimento da demanda de navios e homens na Carreira da Índia,
já pela altura da terceira década do século XVI, cada vez mais o uso de
degredados e desocupados, estes últimos a tornarem-se escassos, precisou ser
canalizado para os estaleiros portugueses e para os navios das rotas Orientais,
ao que um índice de mortalidade alto na Índia exigia um envio constante de mais
e mais homens, tornando difícil novamente suprir os navios que participavam do
caminho do Brasil com marinheiros, mais uma vez o problema foi solucionado
através do recrutamento dos excluídos, daqueles que causavam problemas nos
centros urbanos ou representavam custos para o Estado, ou seja, por meio da
utilização daqueles que hoje chamaríamos de crianças de rua como grumetes.
Apesar
de muitos considerarem os ibéricos como possuidores de uma grande afetividade
para com seus pequenos, o quadro das sensibilidades quinhentista era bem
diferente.
Na verdade, entre portugueses ou outros povos da Europa a alta taxa
de mortalidade infantil, verificada ao longo de toda a Idade Média e mesmo em
épocas posteriores, interferiu na relação dos adultos com as crianças.
A
expectativa de vida das crianças portuguesas entre os séculos XIV e XVIII
rondava os “14 anos”[4],
enquanto “cerca de metade dos nascidos vivos morria antes de completar sete
anos”[5].
Isto fazia com que, principalmente entre os estamentos mais baixos, as crianças
fossem consideradas como pouco mais que animais cuja força de trabalho deveria
ser aproveitada ao máximo enquanto durassem suas pequenas vidas.
Um
conto infantil português do século XVI, recolhido da tradição oral, classifica
os “dois filhos” recém-nascidos de um rei como um “macho e outro fêmea”[6].
Esta forma de referir-se às crianças permite deduzir que, dentro do quadro das
sensibilidades, as crianças não passavam de animais, sendo categorizadas do
mesmo modo que o seriam os negros escravizados, vistos então como meros
“instrumentos vocais”.
Este sentimento de desvalorização da
vida infantil incentivou a Coroa a recrutar crianças como mão de obra
justamente em um momento em que os homens adultos eram cada vez mais escassos e
os poucos existentes procuravam de toda maneira fugir a vida no mar, pois
sabia-se que a mortalidade era alta e as privações cotidianas a bordo.
Assim,
compulsoriamente a Coroa procurou alistar meninos de 9 a 16 anos, procurando-os
em meio às famílias pobres das áreas urbanas, uma vez que neste meio eram
muitos os órfãos de pai falecido na Índia e de mãe decorrente das mais variadas
doenças, sendo alta a taxa de mortalidade e o envelhecimento precoce de
mulheres à época, ao passo que as crianças camponesas não podiam ser utilizadas
por serem necessárias na faina agrícola.
Entretanto, não tardou para que mesmo os
órfãos se fizessem escassos, forçando a Coroa a buscar preencher as vagas de
grumetes com crianças cujos pais ainda estavam vivos, em meio às famílias
lusitanas pobres e numerosas e a judeus, estes últimos tidos como dispensáveis
pelo poder régio.
Enquanto para os pais de crianças pobres elas eram
consideradas um meio eficaz de engordar à renda da família, constituindo seu
alistamento sempre um bom negócio, já que mesmo que estes viessem a perecer no
além-mar, podiam receber os soldos de seus miúdos.
Para os pais das crianças
judias, em geral arrancadas a força de seus pais, em um período no qual o rapto
significava, simultaneamente, um meio de obter mão de obra barata e manter sob
controle o crescimento da população judaica em Portugal[7],
constituía uma grande perda afetiva, pois as implicações econômicas, neste
caso, eram descartadas em vista da maioria esmagadora dos judeus ser possuidora
de recursos consideráveis.
Às crianças era imputada a tarefa de
servir a bordo das naus como grumetes ou pagens.
Aos grumetes cabiam os mesmos
serviços prestados pelos marinheiros, enquanto os pagens, por sua proximidade
junto aos oficiais, desfrutavam de vários privilégios, realizando trabalhos
leves, assemelhando-se a pequenos “mandaretes”[8].
Uma lista dos soldos pagos aos
tripulantes de uma nau portuguesa permite observar que, em meio a uma
tripulação composta por 106 homens, “20”[9]
eram grumetes.
Ou seja, exatamente a metade do número de marinheiros a servirem
na embarcação.
A população composta pelos mesmos girava em torno de 18% do
total de tripulantes.
Assim, em uma nau composta por 150 tripulantes - média de
homens empregados nas naus portuguesas do século XVI e XVII - pelo menos 27
crianças estariam servindo como grumetes, número que comprova a importância da
presença infantil na aventura transoceânica.
Ainda a respeito da presença desses
pequenos marujos, cabe notar que a partir da segunda metade do século XVII e,
principalmente, de meados do XVIII, o número de grumetes nos navios lusitanos
chegou a ser o mesmo que o número de marinheiros e, algumas vezes, até superior
devido a falta cada vez maior de profissionais adultos.
Estes últimos
tornaram-se mais escassos do que já o eram, pois as “elevadas taxas de
mortalidade” no Reino e nas possessões ultramarinas - ocasionadas pelas
“deficientes condições sanitárias e econômicas”, quando não “eram as epidemias
e as fomes que matavam mais gente”[10] -
haviam causado uma drástica redução da população adulta. Enquanto os ingleses
procuraram suprir a falta de mão de obra adulta livre em seus navios através da
utilização de escravos negros alforriados, os portugueses optaram pela
utilização de crianças[11].
Entre os séculos XVI e XVIII, apesar dos
grumetes não passarem de frágeis crianças realizavam a bordo todas as tarefas
que normalmente eram desempenhadas por um homem. Recebiam de soldo, contudo,
menos da metade do que um marujo, pertencendo à posição mais baixa dentro da
hierarquia da marinha.
Sofriam ainda inúmeros maus tratos e apesar de pelas
regras da Coroa estarem subordinados ao chamado guardião (cargo imediatamente
abaixo do contramestre, ocupado em geral por um ex-marinheiro) tinham que
prestar contas aos marinheiros e até mesmo aos pagens, que costumavam explorar
seus pares mais pobres, a fim de aliviar sua própria carga de trabalho.
Encarregar os pequenos grumetes dos
trabalhos mais pesados e perigosos era um hábito corriqueiro e exemplos não
faltam nos documentos de época.
A compilação de relatos de naufrágios realizada
por Bernardo Gomes de Brito no século XVIII, reunidos no seu História Trágico-Marítima, dá conta que
em 1560, na nau São Paulo, que haveria de naufragar no ano seguinte, um grumete
foi colocado de serviço na gávea, caindo de lá e “desfazendo a cabeça em
pedaços” no convés, espalhando “os miolos”[12]
por todo canto.
Apesar de todos a bordo, inclusive os oficiais, terem plena
consciência de que “os acontecimentos e perigos do mar” eram sempre “súbitos e
estranhos” e de “que a todas as horas e momentos” estavam a eles “sujeitos”[13],
não havia hesitação em colocar as pobres crianças para atuar nos trabalhos mais
arriscados.
Quando um dos habituais acidentes ocorreu, apesar do “muito temor e
espanto” causado entre os tripulantes, tudo que os outros grumetes ouviram é
que o morto era um “mancebo valente”, ao que justificou-se sua escolha para
vigia na gávea, por ter ele, apesar de criança, um corpo “grosso” e
temperamento “bem disposto”, nem sendo tão criança assim, pois estava até
“despojado de no[i]vo”[14]
no Reino.
De todos os embarcados, os grumetes eram
os que tinham as piores condições de vida.
Enquanto cada marujo tinha ao menos
direito a um catre - uma cama de viagem - e um baú para guardar seus pertences,
os grumetes eram alojados a céu aberto no convés, próximo aos “amantilhos (cabo
que sustenta às vergas) e às curvas d’ante a ré dos amantilhos”[15],
ficando expostos ao sol e a chuva e vindo a falecer, aliás, como outros
tripulantes mais debilitados, vitimas de pneumonia e queimaduras do sol.
Condicionados ao mesmo tratamento dos
tripulantes adultos, os grumetes tinham direito a uma ração de “uma libra e
meio de biscoito por dia (...) e um pote de água, uma arroba de carne salgada
por mês e alguns peixes secos, cebolas e manteiga”, pois o alimento nas
embarcações portuguesas era “distribuído igualmente a todos”[16].
Não recebiam, todavia, a ração diária de “um pote de vinho” que cabia aos
marinheiros.
Em muitos casos, como por exemplo nas viagens de volta da Carreira
da Índia, devido a falta de espaço causado pelo armazenamento de mercadorias,
recebiam “senão biscoito e água”[17].
Embora a situação fosse um pouco mais
amena na Carreira do Brasil, os miúdos eram sistematicamente acometidos de
inanição e escorbuto.
Esse último, chamado também de mal de Luanda, era
provocado pela falta de vitamina C, resultando no apodrecimento das gengivas.
Como os médicos eram raros a bordo, as crianças eram entregues aos cuidados de
barbeiros que serviam como cirurgiões nas embarcações; estes costumavam
aplicar-lhes as temidas sangrias, método de cura para todo e qualquer mal, que
na maior parte das vezes, terminava por exauri-los ou matá-los.
Visando enriquecer a dieta de bordo, os
tripulantes tinham permissão para tentar pescar, mas estando sempre
sobrecarregados pelos trabalhos diários e vigiados de perto pelo guardião, não
sobrava tempo para que os grumetes participassem desta forma corriqueira de
melhoria das refeições.
Recorrer então aos “muitos ratos”[18] e
“baratas”[19] era a
única saída que lhes restava.
Entregues a um cotidiano duro e cheio de
privações, os grumetes viam-se obrigados a abandonar rapidamente o universo
infantil para enfrentar a realidade de uma vida adulta.
Muitos marujos
inescrupulosos, aproveitando-se da fragilidade física dos grumetes,
sodomizavam-nos, porém, quando grumetes eram estuprados, quer por medo ou
vergonha, dificilmente iam se queixar aos oficiais, até mesmo porque muitas
vezes eram os próprios oficiais que praticavam a violência.
Diferente dos grumetes, os pagens
dificilmente eram importunados por marinheiros, sendo respeitados,
principalmente porque eram originários de famílias da baixa nobreza ou
relacionadas com estas.
A eles eram confiadas tarefas leves como arrumar as
camas dos oficiais ou servir a mesa, além do que, para eles, a possibilidade de
ascensão social dentro da hierarquia marítima era muito maior do que a dos
grumetes.
De qualquer modo, fosse pagem ou grumete, a vida no mar proporcionava
um rude aprendizado a estas crianças.
Enquanto os meninos pobres menores de 16
anos eram embarcados como grumetes e pagens nas naus portuguesas e alguns dos
filhos dos oficiais, mesmo não sendo pagens, embarcavam simplesmente como
acompanhantes de seus pais a fim de aprender seu ofício, as meninas órfãs de pai
e pobres eram arrancadas a força de sua família e embarcadas sob a categoria de
“órfãs do Rei”, sendo destinadas a casarem-se com elementos da baixa nobreza
presente no Brasil e na Índia.
Muitas prostitutas e ciganas eram
encerradas nos orfanatos de Lisboa e Porto como se órfãs fossem, mesmo na maior
parte dos casos tendo pai ou mãe vivo, e junto com órfãs verdadeiras causavam
verdadeiro alvoroço a bordo das embarcações onde predominavam os homens, sendo
caçadas por grupos de marinheiros mau intencionados que ficavam dias a espreita
a espera da oportunidade ideal, terminando por freqüentemente serem vitimas de
estupros coletivos que garantiam a impunidade aos agressores, sendo que
dificilmente as vítimas iam se queixar pelo medo de sofrerem retaliações[20].
Em uma época em que meninas de 15 anos eram consideradas aptas para
casar e meninos de 9 anos plenamente capacitados para o trabalho pesado, o
cotidiano infantil a bordo das embarcações portuguesas era extremamente penoso
para os pequeninos.
Os meninos não eram ainda homens mas eram tratados como se
fossem e ao mesmo tempo eram considerados como pouco mais que animais cuja a
mão de obra deveria ser explorada enquanto durasse sua vida útil.
As meninas de
12 a 16 anos não eram ainda mulheres, mas em idade considerado casadoura pela
Igreja católica, eram caçadas e cobiçadas como se o fossem.
Em meio ao mundo
adulto, o universo infantil não tinha espaço: as crianças eram obrigadas à se
adaptar ou perecer.
Se
por um lado foram poucas as crianças embarcadas nas naus quinhentistas rumo ao
Brasil, por outro lado, a mão de obra infantil na falta de adultos tornou-se
indispensável à epopeia marítima.
Neste sentido, seriam os grumetes e pagens
considerados crianças ou eram vistos como adultos em corpos infantis?
Ao que
parece, embarcavam em Lisboa crianças que ao longo de sua primeira viagem,
antes de chegar ao Brasil, tornavam-se adultos calejados pela dor e pelo
sofrimento.
Não
obstante, poucas crianças, quer embarcadas como tripulantes ou passageiros,
conseguiam resistir à insalubridade das embarcações portuguesas, a inanição e
às doenças; e um número ainda menor sobrevivia em caso de naufrágio.
Se eram
poucas as crianças embarcadas, o número de pequenos que chegavam vivos ao
Brasil ou mesmo a Índia era menor ainda, e com certeza nenhum conseguia chegar
ileso ao seu destino.
O menor mal que podia sofrer após viver alguns meses no
mar, quando tinha sorte, era o de sofrer um grande trauma e deixar de ser
criança; ver seu universo de sonhos, esperanças e fantasias desmoronar diante
da cruel realidade do cotidiano das naus do século XVI; perder sua inocência
para nunca mais recuperá-la.
Os grumetes e pagens, órfãos ou não,
juntamente com os degredados, vagabundos e desocupados, excluídos das rotas
mais lucrativas e ao mesmo tempo de uma participação nos proveitos obtidos com
o comércio da pimenta, constituíram o grosso da mão de obra empregada na rota
do Brasil quinhentista, quando a atenção dos adultos voluntários estava voltada
para a Carreira da Índia.
No entanto, a partir do inicio do século XVII esta
situação começaria a se inverter, e, depois da criação da Carreira do Brasil,
na metade de seiscentos, mudaria quase completamente, embora crianças, bandidos
e vadios tenham continuado a serem empregados na nova Carreira em número
reduzido, a Carreira da Índia passou a ser então o principal destino dos
excluídos, mas esta já é outra história.
Texto originalmente apresentado como Comunicação livre-CL131 no XV Encontro Regional da ANPUH (Associação Nacional de História), no ano 2000, com o título "Grumetes,
órfãos e degredados:a
história dos excluídos a bordo das caravelas e naus dos descobrimentos".
Na ocasião apenas o resumo foi publicado nos anais do evento.
Resumo: A reboque das comemorações em torno dos 500 anos do
descobrimento do Brasil, pretendemos reconstituir o cotidiano dos excluídos a
bordo das caravelas e naus do século XVI e XVII, quando: os grumetes, em geral
crianças entre 9 e 16 anos, sofriam constantemente maus tratos e abusos sexuais
por parte dos marinheiros e oficiais; órfãos eram embarcados compulsoriamente e
obrigados a migrar rumo as colônias de além mar; prostitutas eram encerradas
nos orfanatos de Lisboa e Porto para depois serem também obrigadas a migrar
para o Novo Mundo como se fossem órfãs, sendo obrigadas a casarem-se com
elementos da pequena nobreza no Brasil e na Índia; ciganos e judeus eram
condenados a servirem nos navios como degredados unicamente pelo crime de
pertencerem às minorias.
[1]
LAPA, José Roberto do Amaral.
O Brasil e
a Carreira da Índia. São Paulo: Companhia Editora Nacional/Editora da
Universidade de São Paulo, 1968.
[2]
ANTT (Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Lisboa).
Cartas dos Governadores de África e de outras pessoas para el-Rei (maço
único), Núcleo Antigo 877, documento 134.
[3]
COATES, Timothy J.
Degredados e Órfãs:
colonização dirigida pela coroa no império português. 1550-1755. Lisboa: Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, 1998.
[4]
SERRÃO, José. “Demografia portuguesa na época dos descobrimentos e da expansão”
In: ALBUQUERQUE, Luís de (direção) & DOMINGUES, Francisco Contente
(coordenação).
Dicionário de história dos
descobrimentos portugueses. Lisboa: Caminho, s.d., volume 1, p.349.
[5]
MICELI, Paulo.
O ponto onde estamos:
viagens e viajantes na história da expansão e da conquista. São Paulo: Scritta, 1994, p.49.
[6]
COELHO, Adolfo.
Contos populares
portugueses. Edição gramaticalmente atualizada por Ernesto Veiga de
Oliveira a partir do original de 1879, Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1993,
p.177.
[7]
HERCULANO, Alexandre.
História da origem
e estabelecimento da Inquisição em Portugal. Lisboa: Aillaude
Bertrand/Francisco Alves, 1852, Tomo 1, p.137-155.
[8]
DOMINGUES, Francisco Contente & GUERREIRO, Inácio. “A vida a bordo na
Carreira da Índia (século XVI)” In:
Revista
da Universidade de Coimbra. Coimbra: Separata da Biblioteca Central da
Marinha Portuguesa, s.d., p.201.
[9]
BARCELLOS, Christiano (org. e compilação).
Construções
de Naus em Lisboa e Goa para a Carreira da Índia no começo do século XVII. Lisboa: Separata da Biblioteca Central da Marinha Portuguesa, 1898, p.38.
[10]
SERRÃO. Op. Cit. In: ALBUQUERQUE & DOMINGUES
. Op. Cit., p.349.
[11]
WILLIAMS, Eric.
Capitalismo e Escravidão.
Tradução do inglês e notas de Carlos Nayfeld, Rio de Janeiro: Companhia
Editora Americana, 1964.
[12]
“Relação da viagem, e naufragio da Nao São Paulo, que foy para India no anno de
1560. Escrita por Henrique Dias, Criado do S. D. Antonio Prior do Crato” In:
BRITO, Bernardo Gomes de.
História
Trágico-Marítima (fac-símile da edição original de 1735/36). Lisboa: Edições Afrodite, 1971, volume 1, p.290.
[15]
“Relatório do Almirante João Pereira Corte Real, datado em 12 de setembro de
1619, a Felipe II da Espanha” In: BARCELLOS. Op. Cit., p.24.
[16]
Histoire de la navigation de Iean Hvgves de Linschot Hollandois...” In: MICELI
. Op. Cit., p.15.
[18]
“O triste sucesso da nau São Paulo (1560)” In: SÉRGIO, António (organização e
adaptação).
História Trágico-Marítima. Lisboa: Sá da Costa, 1991, p.122.
[20]
RAMOS, Fábio Pestana. “A História Trágico-Marítima das crianças nas embarcações
portuguesas do século XVI” In: DEL PRIORE, Mary (org.).
História das Crianças no Brasil. São Paulo: Contexto, 1999,
p.19-54
.
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