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Mensal entre 13 de agosto de 2010 e 31 de dezembro de 2012.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Perspectivas do professor com relação à integração da família do educando ao ambiente escolar.


Para entender a história... ISSN 2179-4111. Ano 3, Vol. fev., Série 14/02, 2012, p.01-16.


O presente artigo faz parte da Monografia de Conclusão de Curso de Pós-Graduação em Psicopedagogia Institucional pelo INEC/Universidade Cruzeiro do Sul, orientada pelo Prof. Dr. Fábio Pestana Ramos.


O presente artigo descreve a importância da família no âmbito escolar, essa relação escola x família é imprescindível, pois a família como espaço de orientação, construção da identidade de um indivíduo deve promover juntamente com a escola uma parceria, a fim de contribuir no desenvolvimento integral da criança e do adolescente.
A sintonia entre ambos deve acontecer diariamente, não deixando apenas para momentos isolados em datas estipuladas, mas tornar-se uma aproximação efetiva, envolvendo os familiares na elaboração da proposta pedagógica, em reuniões atrativas e coerentes e em outros eventos.
Como diz PARO (1997: p.30) "a escola deve utilizar todas as oportunidades de contato com os pais, para passar informações relevantes sobre seus objetivos, recursos, problemas e também sobre as questões pedagógicas. Só assim, a família irá se sentir comprometido com a melhoria da qualidade escolar e com o desenvolvimento de seu filho como ser humano".
Portanto, o ideal é que família e escola tracem as mesmas metas de forma simultânea, propiciando ao aluno uma segurança na aprendizagem de forma que venha criar cidadãos críticos capazes de enfrentar a complexidade de situações que surgem na sociedade, só dessa maneira para garantir uma educação com qualidade e um futuro com dignidade.
Os benefícios de uma boa integração e as implicações de uma falta de integração entre os dois contextos são discutidos brevemente.


Introdução.
Mais um ano escolar se inicia... o professor animado, cheio de projetos e idéias para envolver sua turma. Passou os primeiros dias conhecendo seus alunos, chegou a hora de conhecer os pais (momento esse importante na relação escola e família), reunião de pais.
O professor prepara sua reunião querendo a participação geral dos pais, enfocando sua participação, seu compromisso, relata suas expectativas durante o ano, seus objetivos com a sala.
Mas infelizmente a realidade é triste e cruel.
Ele depara com a presença da minoria dos pais, esses com certeza são os pais que ele poderá contar com seu apoio, são os responsáveis daqueles alunos, participativos, interessados, que se desenvolvem seu aprendizado ao longo do ano.
O presente estudo refere-se aos demais pais, o não comprometimento com a escola de seus filhos.
Como fazer para trazê-los para o ambiente escolar?
Como envolver a família na escola?
A família é o alicerce de sustentação da criança.
É através da família que a criança desenvolverá sua auto-estima, segurança, domínio próprio, confiança que contribuirá para o desempenho de toda a sua vida.
Abordarei alguns tópicos relacionados ao tema.
Todo educador sabe que o apoio da família é crucial no desempenho escolar. Pai que acompanha a lição de casa.
Mãe que não falta a nenhuma reunião.
Pais cooperativos e atentos no desempenho escolar dos filhos na medida certa.
Esse é o desejo de qualquer professor.
E você leitor, poderá contribuir, fazendo a sua parte, lendo este artigo e incentivando as outras pessoas.


Tipos de famílias.
Segundo o dicionário da Língua Portuguesa o conceito de família é um conjunto formado por pai, mãe e filhos, mas sabemos que a família pode tanto ser constituída por pai e filhos, como por outros membros que assumem uma função social, que sejam responsáveis perante aos demais.
Há diversas estruturas familiares, o importante é que cada integrante deste âmbito familiar se coloque no seu lugar, assumindo o seu papel e cumprindo de fato a sua verdadeira função.
Esta questão de desvio de funções, que prejudica a estrutura familiar.
Hoje existem famílias novas se formando, os pais separados se unem com filhos de outros casamentos, constituindo uma nova família (irmão por parte de pai ou apenas de mãe).
Para a escola, não importa a estrutura da família, o importante é o seu papel no processo escolar.
Os responsáveis devem assumir uma postura de “chefe”- comandar, dar ordens, impor regras, exigir resultados e sem dúvida retribuir e valorizar os esforços. Não se trata de voltarmos agir como no passado, com palmatórias, castigos severos e agressões físicas.
Trata-se do respeito mútuo entre os integrantes da família.
Como afirma PRADO: “A família influencia positivamente quando transmite afetividade, apoio e solidariedade e negativamente quando impõe normas através de leis dos usos e dos costumes” (PRADO, 1981: p.13).
A família é peça essencial no crescimento e no processo de endoculturação, preparando a criança para o ingresso na sociedade e dando suporte permanente.
Ela pertence ao um grupo primário na vida deste indivíduo.
Já a Escola pertence ao grupo secundário e jamais poderá substituir a família na educação das crianças, ou seja,não poderá assumir tarefas que não compete a ela.
É também considerada a primeira instituição social que, em conjunto com as outras, busca assegurar a continuidade e o bem estar dos seus membros e da coletividade, incluindo a proteção e o bem estar da criança.
Sendo ela responsável pela transmissão de valores, crenças, idéias e significados que estão presentes na sociedade.
Sendo assim, ela tem um impacto significativo e forte na influência do comportamento dos indivíduos, principalmente das crianças, que aprendem as diferentes formas de ver o mundo e construir as suas relações sociais.
Portanto, a família é a matriz da aprendizagem humana.
Não existe uma configuração familiar ideal, porque são inúmeras as combinações e formas de interação entre os indivíduos que constituem os diferentes tipos de famílias contemporâneas: tradicional,recasadas, mono parentais,homossexuais, entre outras combinações.
O importante é que existam os laços afetivos dentro de cada família e que cada membro assuma uma função.
Não quer dizer que as crianças que têm uma estruturação familiar (pai, mãe, irmãos) são as únicas que caminham e se alfabetizam.
O excesso de amor, falta de limites, também são prejudiciais no seu desenvolvimento.
Precisa-se ter um equilíbrio entre o não fazer nada pelo filho ou querer fazer de tudo.
Família, no sentido mais amplo, é um conjunto de pessoas que se unem pelo desejo de estarem juntas, de construírem algo e de se complementarem.
É por meio dessas relações que as pessoas podem se tornar mais humanas, aprendendo a viver o jogo da afetividade de modo mais adequado.


Os deveres da família.
Até o século XIX, a separação de tarefas entre escola e família era clara: a primeira cuidava daquilo que à época se chamava "instrução", que na prática era a transmissão de conteúdos, e a segunda se dedicava à "Educação", o que significava o ensinamento de valores, hábitos e atitudes.
"A Era Moderna deixa nebulosa essa divisão do trabalho educacional. (...) reconhecida como um valor de ascensão social para as classes surgidas com a urbanização, a Educação passa a ser objeto de atenção das famílias e as expectativas em relação à escola se ampliam", diz Maria Amália de Almeida, da UFMG.
Na prática, a escola passou a ser reconhecida como um espaço de aprendizagem dos conteúdos e de valores para a formação da criança.
Hoje muitos pais precisam trabalhar o dia inteiro, inclusive as mulheres, que assumiram responsabilidades também fora de casa.
Essa diminuição de contato, de cobrança, prejudicou o convívio com a escola.
No entanto, os pais precisam ficar atentos e disponibilizar um pouco do seu tempo para acompanhar a vida escola do seu filho.
E ter claro que a escola não é um depósito de alunos e que de fato se conscientizam de suas obrigações.
Está na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA): as escolas têm a obrigação de se articular com as famílias e os pais têm direito a ter ciência do processo pedagógico,bem como de participar da definição das propostas educacionais.
Porem nem sempre esse princípio é considerado quando se forma o vínculo entre diretores, professores e coordenadores pedagógicos e a  família dos alunos. 
Mas, o que se pode esperar das famílias, além de que elas garantam o ingresso e a permanência das crianças em sala de aula?


Atribuições excessivas à Escola.
Qual é o verdadeiro papel da Escola?
Como vimos atualmente a Escola não é vista como um lugar apenas de aprendizado.
Foi se delegando muitas tarefas e atribuições, se invertendo os papéis de cada um e alguns pais deixaram de cumprir sua função e transferiram todas as suas responsabilidades para a Escola.
O professor deixou de ser professor, para ser mãe, pai, etc.
Além de dar conta do ensinar a ler e escrever precisa cuidar, ensinar valores, enfim prepará-lo para a sociedade.
A nossa grande dificuldade é envolvê-los no ambiente escolar e salientar da sua importância desse acompanhamento da vida do seu filho, mostrando o que compete a Escola e aos Responsáveis.
Pois a família, mesmo sofrendo com todo um processo de transformação de seu papel social, seu padrão tradicional de organização; ainda é o local onde são desenvolvidos os primeiros contatos da criança com o mundo, onde são aprendidos conceitos importantes como valores morais e éticos, onde se tem abrigo, carinho, amor e apoio.
Quando nasce, cabe aos pais socializar a criança, incluído-a no mundo, primeiramente através do ensino da língua materna, comunicação verbal, o relacionamento afetivo e positivo, mostrando lhe as regras de convivência em grupo, englobando aspectos de boa conduta, ou seja, estratégias disciplinares e de controle, enfatizando a educação no geral, uma boa base.
A escola tem sua contribuição no desenvolvimento deste individuo, porém mais focada na aquisição do saber.
Neste contexto, a escola deve visar não apenas a preocupação de conteúdos, ir alem, buscando a formação de um cidadão inserido, crítico e transformador, já que a escola é um lugar privilegiado para o desenvolvimento das idéias, ideais e valores.
Concordo com LÓPES (2002) “a família não tem condições de educar sem a colaboração da escola e acrescento a escola não tem condições de educar sozinha sem a participação e compromisso dos pais”.
Portanto, os pais precisam ter claro, que cada um tem uma função e um objetivo a alcançar com essa criança, e não podemos misturar as funções. Mostrar a escola como ela é, e funciona e não como os pais gostariam que ela fosse.
A escola constitui um contexto diversificado de desenvolvimento e aprendizagem, um local que reúne diversidade de conhecimentos, atividades, regras e valores que é permeado por conflitos, problemas e diferenças.
É nesse espaço físico, psicológico, social e cultural que os individuo processa o seu desenvolvimento global.
Trata-se de um ambiente multicultural que abrange também a construção de laços afetivos e preparo para inserir na sociedade.
O que encontramos atualmente são escolas, fazendo papel de cuidador, sendo os únicos responsáveis de criar aquela criança e prepara - lá para a sociedade.
Talvez, o erro seja por acomodismo?
Falta de tempo para acompanhar os estudos dos filhos?
Ou pelo fato que nem todos os pais tiveram boas experiências no período de sua escolarização, tal fato faz com que eles transmitem percepções negativas da escola para os seus filhos, adotando uma postura distante e desconfiada?
Seja qual for o motivo cabe aos professores, diretores, desenvolverem ações que visa uma implementação mais efetiva do envolvimento da família.
Muitas escolas e alguns projetos do Governo de São Paulo estão sendo realizados para está aproximação, os que se espera é a família tenha envolvimento e interesse em participar. 
Não podemos generalizar a ausência de todos os pais.
As pesquisas têm demonstrado que alguns pais estão constantemente preocupados e envolvidos com as atividades escolares dos filhos e que dirigem a sua atenção à avaliação do aproveitamento escolar, isto independente do nível socioeconômico ou escolaridade. (Polônia& Dessen, 2005).
Ainda neste aspecto, Epstein (citado por Marques,2002) destaca o envolvimento dos pais que supervisionam e acompanham não somente a realização das atividades escolares, mas também adotam, em suas casas estratégias voltadas á disciplina e ao controle de atividades lúdicas.
Estas ações permitem a eles analisarem, identificarem e realizarem intervenções no processo de desenvolvimento e aprendizagem dos filhos.
Quanto ao restante dos pais que não assumem está responsabilidade, as escolas devem procurar inserir no seu projeto pedagógico um espaço para trabalhar as praticas educativas familiares e utilizar como recurso importante nos processos de aprendizagem.
Para que os mesmos reconheçam e valorizam a sua importância no processo escolar.
O conhecimento dos valores e práticas educativas que são adotadas em casa, e que se refletem no âmbito escolar e vice-versa, são imprescindíveis para manter a relação família e escola.
Portanto, as escolas devem investir no fortalecimento desta união com a família.


Aproximação dos pais com a Escola e a Escola com os pais.
A relação família-escola tem sido bastante enfatizada, como uma das metas para o desenvolvimento da educação de qualidade, bem como o desenvolvimento eficiente de todas as etapas de construção do conhecimento.
Esse envolvimento aponta como principal fator de sucesso na vida do aluno.
A família e a escola emergem como duas instituições fundamentais para a vida de uma pessoa.
Sabemos que não é fácil desenvolver esta parceria.
Ambos precisam buscar esse compromisso, a fim de superar as dificuldades existentes nessa relação.
Cabe a escola promover essa aproximação, de modo a propiciar a articulação da família com a escola, estabelecendo relações mais próximas.
E a família ter interesse da desta aproximação.
As investigações de Keller – Laine (1998) e de Sanders e Epstein (1998) enfatizam que é necessário planejar e programar ações que assegurem as parcerias entre estes dois ambientes, visando a busca de objetivos comuns e de soluções para os desafios enfrentados pela sociedade e pela comunidade escolar.
Quem ganha com tudo isso são os envolvidos (pais - professores - alunos).
Os benefícios desta parceria tende a transformações evolutivas nos níveis cognitivos, afetivos, sociais e de personalidade dos alunos.
Mesmo quando a escola planeja e apresenta um bom programa curricular, a aprendizagem do aluno só é evidenciada quando este é cercado de atenção da família e da comunidade.
Neste caso, é importante a família ser orientada quanto às novas abordagens utilizadas no ensino, visando acompanhar o progresso e as necessidades do aluno, através da participação das reuniões de pais bimestrais.
Alem da reunião de pais, há outras formas de interação, como por exemplo: festas culturais, datas comemorativas,reuniões bimestrais, elaboração do projeto político pedagógico,representante por sala (mãe/filho), APAM (Associação de Pais,Alunos e Mestres), atividades em sala que envolvam a participação dos pais, seja para contar experiências anteriores ,como também auxiliar na execução das tarefas de casa.
Na entrevista de Heloisa Zymaski, Professora de Psicologia da Educação da PUC-SP, relata que é um mito a não participação da família. Atualmente os responsáveis  estão mais participativos e envolvidos com a escola de seus filhos.
Algumas escolas querem mais não sabem como fazer esta aproximação e não conseguem vencer as barreiras.
Já existem outras escolas que preferem este distanciamento, e preferem apenas a presença na reunião de pais.
E deparamos infelizmente com professores desestimulados e nem se querer preparam uma adequada reunião para aproximar os pais de seus alunos, apresentam dificuldade na elaboração de uma boa reunião de pais.
É de extrema importância que ela seja bem formulada, atrativa e que atenda todos os pais e que estes gostem de freqüentá-la, não por uma mera obrigação.
Visto que a reunião de pais não deve ser de rotular o aluno, tanto os quietos como os peraltas.
Ela deve ser informativa, falar dos progressos, da proposta, dos objetivos alcançados, o que foi desenvolvido com a turma.
São pontos fundamentais que devem ser tratados nas reuniões bimestrais.
Qualquer ação que vai ser desenvolvida com os pais deve partir da escola, mas precisa ser planejada juntamente com eles, perguntar, ouvir opiniões e não chegar com tudo formado.
Considera-se que agindo assim, encontraremos uma fórmula boa para a relação escola-família.
Em uma investigação realizada pó Jowett e Baginsky (1988), relacionada aos potenciais benefícios decorrentes da parceria família e escola no ensino básico, os diretores indicaram melhor compreensão dos pais sobre a escola e a educação em geral, realização de reuniões conjuntas, com oportunidades para os pais falarem do seu papel e de si mesmos, promoção de encontros específicos, com o objetivo de ajudar pais e professores, em momentos críticos,favorecimento de troca de informação entre professores e pais,abertura de canais de comunicação, beneficiando os alunos, dentre outros, como resultados desta integração.
No entanto, quando predomina uma fraca ou pouca integração entre a família e a escola,as conseqüências são variadas.
Tais limitações podem ser também da equipe pedagógica, principalmente por parte dos professores.
Quando estes são resistentes a está aproximação com a família, o trabalho na sala de aula acaba ficando prejudicial.
Há inúmeros os fatores deste distanciamento: intromissão dos pais, medo de críticas, seja da sua postura, do método adotado, da falta de tempo, Independente da situação, o professor também precisa ser maleável e aceitar as intervenções da família para o bem do seu aluno.
Quando a criança percebe esta aliança entre escola e os pais ela se sente mais segura e protegida.
A família é à base de tudo na vida da criança, o lar é a primeira escola e os pais os primeiros professores.
Neste sentido, os pais e educadores devem almejar a criança com dificuldade de aprendizagem, para que haja um crescimento satisfatório em seu rendimento escolar.
Entretanto, Bem - Fadel (1998) “reconhece que a escola, hoje, ainda não está preparada para lidar com o envolvimento familiar. Para que isto ocorra, deve haver primeiramente o reconhecimento do meio familiar como um verdadeiro aliado da escola”.
Para orientar os pais, quanto essa necessidade e importância a Revista Nova Escola elaborou uma matéria especial sobre o assunto*.

*Confira na integra: Revista Nova Escola - Edição 003 | Agosto/Setembro 2009.


Aproximar os pais do trabalho pedagógico.
Um dever dos gestores é aproximar os pais do trabalho pedagógico. Conheça aqui 13 ações para essa parceria dar resultado.
Está na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA): as escolas têm a obrigação de se articular com as famílias e os pais têm direito a ter ciência do processo pedagógico, bem como de participar da definição das propostas educacionais.
Porém nem sempre esse princípio é considerado quando se forma o vínculo entre diretores, professores e coordenadores pedagógicos e a família dos alunos.
O relacionamento chega a ser ambíguo.
Muitos gestores e docentes, embora no discurso reclamem da falta de participação dos pais na vida escolar dos filhos - com alguns até atribuindo a isso o baixo desempenho deles - não se mostram nada confortáveis quando algum membro da comunidade mais crítico cobra qualidade no ensino ou questiona alguma rotina da escola.
Alguns diretores percebem essa atitude inclusive como uma intromissão e uma tentativa de comprometer a autoridade deles.
Já a maioria dos pais, por sua vez, não participa mesmo.
Alguns por não conhecer seus direitos.
Outros porque não sabem como.
E ainda há os que até tentaram, mas se isolaram, pois nas poucas experiências de aproximação não foram bem acolhidos e se retraíram.
No Brasil, o acesso em larga escala ao ensino se intensificou nos anos 1990, com a inclusão de mais de 90% das crianças em idade escolar no sistema.
Para as famílias antes segregadas do direito à Educação, o fato de haver vagas, merenda e uniforme representou uma enorme conquista.
"Muitos pais vêem a escola como um benefício e não um direito e confundem qualidade com a possibilidade de uso da infraestrutura e dos equipamentos públicos. Isso de nada adianta se a criança não aprender", afirma Maria do Carmo Brant de Carvalho, coordenadora geral do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), em São Paulo.
A escola foi criada para servir à sociedade.
Por isso, ela tem a obrigação de prestar contas do seu trabalho, explicar o que faz e como conduz a aprendizagem das crianças e criar mecanismos para que a família acompanhe a vida escolar dos filhos.
"Os educadores precisam deixar de lado o medo de perder a autoridade e aprender a trabalhar de forma colaborativa", afirma Heloisa Szymanski, do Departamento de Psicologia da Educação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Um estudo realizado pelo Convênio Andrés Bello - acordo internacional que reúne 12 países das Américas - chamado A Eficácia Escolar Ibero-Americana, de 2006, estimou que o "efeito família" é responsável por 70% do sucesso escolar.
"O envolvimento dos adultos com a Educação dá às crianças um suporte emocional e afetivo que se reflete no desempenho", afirma Maria Amália de Almeida, do Observatório Sociológico Família-Escola, da Universidade Federal de Minas Gerais.
Mas o que significa uma parceria saudável entre essas duas instituições?
Os pais devem ajudar no ensino dos conteúdos e os professores no dos bons modos?
Claro que não.
A colaboração que se espera é de outra ordem.
"O papel do pai e da mãe é estimular o comportamento de estudante nos filhos, mostrando interesse pelo que eles aprendem e incentivando a pesquisa e a leitura", diz Antônio Carlos Gomes da Costa, pedagogo mineiro e um dos redatores do ECA .
Para isso, é preciso orientar os pais e subsidiá-los com informações sobre o processo de ensino e de aprendizagem, colocá-los a par dos objetivos da escola e dos projetos desenvolvidos e criar momentos em que essa colaboração possa se efetivar.
Quando o assunto é aprendizagem, o papel de cada um está bem claro - da escola, ensinar, e dos pais, acompanhar e fazer sugestões.
Porém, se o tema é comportamento, as ações exigem cumplicidade redobrada.
Ao perceber que existem problemas pessoais que se refletem em atitudes que atrapalham o desempenho em sala de aula, os pais devem ser chamados e ouvidos, e as soluções, construídas em conjunto, sem julgamento ou atribuição de culpa.
"Um bom começo é ter um diálogo baseado no respeito e na crença de que é possível resolver a questão", acredita Márcia Gallo, diretora da EME Professora Alcina Dantas Feijão, em São Caetano do Sul, SP, e autora do livro A Parceria Presente: A Relação Família-Escola numa Escola de Periferia de São Paulo.
Visando ajudar você a dar os passos necessários para cumprir o dever legal e social de ter um relacionamento de qualidade com as famílias, NOVA ESCOLA GESTÃO ESCOLAR elaborou uma lista com 13 ações, que vão desde o acolhimento no começo do ano letivo até as atividades de integração social.
Um dever dos gestores é aproximar os pais do trabalho pedagógico. Conheça aqui 13 ações para essa parceria dar resultado.

Acolhimento.

1. Apresentar a escola e os funcionários à família.

Uma maneira de recepcionar e integrar.
Convidar os pais para conhecer as instalações e, principalmente, a equipe pedagógica e os funcionários é fundamental para que eles se apropriem do espaço e se sintam à vontade para fazer parte dele.

2. Fazer uma entrevista com os pais e os alunos.

Conhecendo para quem se trabalha.
As matérias-primas de qualquer relação humana são o interesse, a compreensão e o respeito.
Para que a escola tenha uma parceria efetiva com as famílias e direcione as ações que favoreçam a aprendizagem, ela precisa saber quem é o seu público.

3. Assegurar a participação no projeto político pedagógico

Hora de expor o currículo e os projetos.
No documento mais importante da escola, já devem estar previstas as possíveis contribuições das famílias.

4. Na reunião, ter uma pauta focada no processo de ensino.

Eficaz para informar sobre a aprendizagem.
"A reunião para falar mal dos estudantes e compartilhar somente problemas não serve para nada. Os encontros devem mostrar as intenções educativas da escola e a evolução da aprendizagem e discutir estratégias conjuntas para melhorá-la",

5. Marcar encontros em horários adequados para os pais.

Respeito aos que trabalham fora.
Uma medida simples e bastante eficiente para garantir uma reunião com um quórum significativo é marcá-la em data e hora que permitam aos pais comparecer.

6. Dar visibilidade à produção dos alunos.

Procedimentos para valorizar a aprendizagem.
Ao compartilhar com a comunidade o que as crianças fazem em sala de aula, os gestores mostram o que importa no processo.
É possível expor as produções dos alunos nos diferentes espaços da escola e da comunidade durante o ano, de modo que todas as turmas tenham a possibilidade de mostrar o que aprenderam.

7. Informar a comunidade sobre o andamento da escola.

Demonstração de respeito e transparência.
Ferramentas tradicionais, como murais, bilhetes, diário dos alunos e demais comunicados impressos, são instrumentos que servem para informar sobre o funcionamento da escola, prestar contas, convocar reuniões e compartilhar os projetos em andamento.

8. Constituir a Associação de Pais e Mestres (APM).

Uma forte aliada para fazer uma boa escola.
As APMs são organizações da sociedade civil que dão apoio às questões financeiras em prol das necessidades pedagógicas e administrativas.
Enquanto os conselhos têm uma função basicamente consultiva, as APMs constituem, pela sua natureza jurídica, os braços executores.
Elas podem receber recursos públicos vindos de programas oficiais - como o Programa Dinheiro Direto na Escola, do governo federal, e outros específicos das redes às quais pertencem - e têm a possibilidade de arrecadar contribuições da comunidade.

9. Incentivar a participação no conselho escolar.

O fórum ideal para definir rumos.
É no conselho escolar que são debatidas a aplicação dos recursos financeiros, a compra de materiais pedagógicos e as estratégias adequadas para a superação dos mais variados problemas relacionados com o dia a dia da instituição.

10. Disponibilizar os espaços para realização de eventos.

Um local público para uso da comunidade.
A escola pode abrir a quadra, o pátio e até as salas de aula para pais e vizinhos e oferecer atividades esportivas, culturais e sociais quando esses ambientes não estiverem sendo utilizados pelos alunos.

11. Criar uma Escola de Pais com palestras e debates.

Informações que ajudam a educar.
Sempre que possível, a escola deve ser uma referência para as famílias, ajudando-as a compreender melhor os filhos e a realidade.
Ela pode levantar o debate sobre as questões sociais e culturais mais presentes no cotidiano da comunidade.

12. Visitar as famílias dos alunos em casa.

Ampliação do olhar sobre a comunidade.
Sair da escola para conhecer o bairro, a residência e os pais dos estudantes pode ser uma experiência e tanto para gestores e docentes.

13. Promover festas e comemorações.

Forma descontraída de estreitar o vínculo.
Assim como as atividades esportivas e culturais, as festas não devem ser as únicas oportunidades para contar com a presença de pais e mães na escola.
Contudo, elas são ótimas chances para criar uma relação mais próxima e conversar sobre os filhos.


Reunião de pais.
Uma ótima oportunidade para aproximar os pais e contar com seu apoio.
Relato algumas dicas que uma professora da rede pública realiza e está obtendo bons resultados.
Ciente da sala série/ ano que estou lecionando ofereço uma breve orientação dos conteúdos que serão trabalhados no bimestre, e apresento as competência e habilidades que as crianças deverão adquirir nesta intermitência do ano letivo.
Quando estou com crianças do primeiro ano proporciono aos pais uma explicação de como a criança se apropria da escrita, de maneira sucinta, tendo como aporte, Emilia Ferreiro e a psicogênese da língua escrita.
Falar com as famílias sobre o progresso da aprendizagem de seus filhos, sim, porém enfatizar o comportamento negativo deles não é aconselhável.
Saber dos defeitos dos filhos eles sabem muito bem, cabe a nós mostrar-lhes como eles são inteligentes e superam as expectativas da aprendizagem que propomos.
Esta pequena ação faz com que a família se torne cada vez mais parceira em nossas atividades cotidianas.
Além de manter contato próximo aos pais, trazendo - os para a escola, através de atividades que o coletivo desenvolve como o dia da família, onde temos oficinas para eles, festas comemorativas, reuniões de pais.
Além do mais, trabalho com a família leitora, onde a criança leva um livro e a família realiza o registro das suas impressões em conjunto, registram por meio de desenho, recorte e colagem, ou pequenos comentários.
E o que aprendi esse ano é que devemos chamar estes pais para elogiar seus filhos, e não lembrar deles somente quando os alunos nos dão trabalho.
Enfim, trabalhar lado a lado com a família  nos proporciona maior aproximação da realidade dos alunos, abrindo-nos olhares diferenciados em nosso trabalho diário.
É uma prática minha sempre no inicio do ano, por conta do planejamento anual, estabelecer com os familiares o que a escola espera deles e o que nós temos a oferecer enquanto parceiros, na construção do conhecimento do educando.
O movimento pela elaboração coletiva e divulgação do projeto Político Pedagógico deve ser incentivado pelos professores das U.E. Somente através dele a autonomia da escola será garantida.


Família participativa = Professor estimulados.
Temos o outro lado da moeda, não podemos esquecer-nos de citar, que existem também aqueles outros pais que são presentes dentro da escola, que cumprem seu papel e valorizam toda ação educativa e também professores que aceitam o envolvimento da família.
Há pesquisas e estudos que mostram que tanto os pais como também os professores estão realmente fazendo a sua parte.
Professores se atualizando cada vez mais, preocupados em trabalhar de maneira que atendam todos os alunos da sala, utilizando recursos e técnicas diferenciadas.
Pais presentes em reuniões, acompanhamento diário e cobrança das atividades desenvolvidas na sala e extraclasse.
Percebe-se que ambos, buscam e ampliam seus conhecimentos a fim de beneficiar a criança.
Sabem que têm uma função em comum: auxiliar, mediar a criança para desenvolver-se nos aspectos: social,intelectual,moral,físico e religioso.
Esse auxílio será essencial para o seu sucesso da criança.
A sintonia com a escola é a chave de um bom negócio.
Os pais comprometidos, respeitando normas e regras da escola, com certeza seus filhos não apresentarão divergências e acabam aceitando e cumprindo numa boa toda a conduta estabelecida e está parceria torna-se a escola um lugar agradável e gostoso de freqüentar, pois as idéias se complementam.
Quando se sentem integradas, elas passam a participar com entusiasmo das reuniões e se tornam parceiras no desafio de melhorar o desempenho dos filhos.
Com o intuito de indicar caminhos para a participação mais efetiva das famílias, o projeto Educar para Crescer, iniciativa da Editora Abril e da Universidade Anhembi Morumbi, vai lançar a partir de 26 agosto o Guia da Educação em Família, que será encartado em diversas publicações da editora.
Esse material, assim como o folheto Acompanhem a Vida Escolar dos Seus Filhos, do Ministério da Educação traz orientações simples sobre como os pais podem trabalhar com a escola.


Educação em casa.
Como você pode contribuir, em casa, com o desempenho do seu filho.
Pergunte o que ele aprendeu na escola e mostre-se bastante interessado.
A participação da família contribui para o aprendizado da criança.
Quando os pais participam da vida escolar dos filhos, as notas aumentam em torno de 20 %.

Veja algumas dicas:
Proponha que ele ensine algo que aprendeu na escola. Esta é uma boa maneira de fixar o conteúdo.
Pergunte se ele tem dificuldades em alguma disciplina.
Conversar sempre com os filhos sobre assuntos da escola.
Garanta que ele vá à escola na hora certa.
Faça perguntas para descobrir se ele presta atenção nas aulas.
Ensine-o a respeitar os professores, os funcionário e os colegas.
Não deixe seu filho faltar às aulas sem necessidade- estudos mostram que faltas dificultam a aprendizagem.
Quanto mais aula um aluno perder, maiores serão as chances de ele tirar notas ruins e não avançar.
Veja se seu filho está aprendendo o que deveria na idade dele.
Verificar se o material escolar está completo e em ordem.
Zelar pelo cumprimento das regras da escola.
Participar das reuniões sempre que convocados.
Vistar sempre a agenda, se houver.
Conversar com os professores e dar-lhe o apoio necessário.

Um dossiê do Departamento de Educação dos EUA constatou que o acompanhamento constante dos pais influi mais no rendimento escolar deu ma criança do que a renda da família.


Programas Educacionais.

Segue alguns links sobre programas educacionais voltados á integração família-escola, elaborados por órgãos do governo e organizações não- governamentais:

Programa Escola da Família.
htpp://www.gdaepublico.sp.gov.br/bolsistas/índex.do
Programa Escola da Família que tem como objetivo levar a cultura,o lazer, o conhecimento e a cidadania aos estudantes e a comunidade para dentro da escola- sob a coordenação da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo e suporte técnico da UNESCO.

Projeto Comunidade Presente.
htpp://www.educacao.sp.gov.br/projetos/comunidade/comunidade_00.asp
Projeto da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo que visa a um trabalho conjunto entre escola e comunidade, para a formação da cidadania.

Amigos da Escola.
htpp://redeglobo6.globo.com/amigosdaescola/
Projeto de iniciativa da Rede Globo e suas afiliadas para o fortalecimento da participação da comunidade na melhoria da escola pública do Ensino Fundamental.

Educar é uma tarefa de todos.
htpp://www.mec.gov.br/ACS/FTP/cartilha.pdf
Guia elaborado pelo MEC, para os pais de alunos do Ensino Fundamental, que apresenta situações corriqueiras da família no aprendizado de leitura, matemática e escrita e temas ligados á cidadania e adolescência.


Segue alguns pensadores que descrevem sobre o assunto.
WHITE (1990: p.17) “É no lar que a educação da criança deve iniciar-se. Ali está a sua primeira escola. Ali, tendo seus pais como instrutores, terá a criança de aprender as lições que a devem guiar por toda a vida, lições de respeito, obediência, reverência, domínio próprio.”
PINCUS E DARE (1987: p.68-89). Nesse sentido o autor descreve: “O sucesso da criança ao enfrentar as difíceis tarefas subjetivas ao longo do seu desenvolvimento depende, em grande parte, das condições psicológicas que os pais lhe oferecem, sem esquecer as próprias experiências infantis  dos  pais, assim  como  a   sua   relação conjugal,  são  fatores importantes no seu processo de interação com a criança. Vemos deste modo como os laços familiares são essenciais para a estruturação psíquica desde os primeiros anos de vida.”
VIGOTSKY (1988: p.97-101) “Ao considerar a aprendizagem como profundamente social, afirma que quando os pais ajudam e orientam a criança desde o início de sua vida, dão a ela uma atenção social mediada, e assim desenvolvem um tipo de atenção voluntária e mais independente, que ela utilizará na classificação e organização de seu ambiente.
POLITY (2001: p. 27) afirma que: “A dificuldade de aprendizagem pode ser definida como um sintoma psicossocial, com pelo menos três constituintes básicos: a criança, a família e a escola. Sua evolução está intimamente relacionada com a estrutura e dinâmica funcional do sistema familiar, educacional e social no qual a criança está inserida.”
FERHAMAN KEITH e REIMERS (1987: p.80) Esse envolvimento parental diz respeito às interações dos pais na realização dos trabalhos escolares do filho e ao encorajamento verbal e reforço direto de comportamentos, o que supõe suporte e monitoramento das atividades diárias, contribuindo para produzir melhoras no desempenho acadêmico da criança.
BARBOZA E LEITE (2004: p.471) “A melhoria do processo de aprendizagem e conseqüentemente o letramento, pode ser conseguido, através de um trabalho integrado entre professor – escola – família – comunidade, no sentido de melhor desenvolver a prática educativa. Isto significa que o professor precisa entender como acontece aprendizagem, da leitura e da escrita, buscando as origens das dificuldades e do fracasso, devendo avaliar diagnosticar e, acima de tudo, estabelecer um rumo teórico de ação integrando o aluno, a escola e a família e a sociedade.”
PIAGET (1972/2000: p.50) “Uma ligação estreita e continuada entre os professores e os pais leva pois a muita coisa mais que a uma informação mútua: este intercâmbio acaba resultando em ajuda recíproca e, freqüentemente, em aperfeiçoamento real dos métodos. Ao aproximar a escola da vida ou das preocupações profissionais dos pais, e ao proporcionar, reciprocamente, aos pais um interesse pelas coisas da escola, chega-se até mesmo a uma divisão de responsabilidades...”
FREIRE (1987: p.149) “É de suma importância a presença constante e efetiva do professor uma vez que, este deve ser um observador, orientador, mediador e avaliador, na construção do conhecimento a ser elaborado  pelo aluno. Desta forma, a  aprendizagem  dar-se-á na relação de troca e interação entre ambos, e não o professor, como o detentor do saber e o aluno como um mero receptor.”
BRONFRENBRENNER (1999: p. 28) “Enfatiza que: os três principais sistemas que afetam a criança em desenvolvimento são: família, a escola e o ambiente externo a estes dois contextos. Ele destaca a influência dos aspectos culturais, como crenças, valores, atitudes e oportunidades, que podem facilitar ou mesmo dificultar a evolução da pessoa. Por exemplo, se a escola acredita que os pais devem participar apenas contribuindo com a Associação de Pais, Alunos e Mestres (APAM) ou, somente, participando das reuniões bimestrais, eles certamente não serão convidados a discutirem aspectos ligados à concepção pedagógica de ensinos e aos processos de avaliação adotados. As crenças, valores e atitudes podem ser efetivas no estabelecimento de alianças e de um clima de cumplicidade entre pais e professores.
BARTOLOME (1981), desde a década de 80, já propunha que a escola e a família atuassem como ambientes complementares uma vez que tanto os pais quanto os professores têm grandes responsabilidades no desenvolvimento da criança e do adolescente. Ele sugere que a escola, utilize diversos mecanismos, como reunião de pais,comunicações e projeto político pedagógico, criasse um ambiente mais acolhedor e afetivo, que possibilitasse à família recapitular o valor da criança e o sentido de responsabilidade compartilhada.


Concluindo.
A minha contribuição com este artigo é apresentar o valor da família na escola. São vários os aspectos que podem intervir positivamente ou negativamente na aprendizagem da criança, porém a escola e os pais precisam ter clareza do seu papel para amenizar ou até mesmo solucionar os problemas de ensino desta criança.
Ao nascer à criança tem os primeiros contatos com sua família, mas sabemos que não é o único contexto em que ela tenha oportunidade de experienciar e ampliar seu repertório como sujeito de aprendizagem e desenvolvimento.
A escola tem sua parcela de contribuição no desenvolvimento deste indivíduo, especificamente na aquisição do saber, organizado em suas distintas áreas de conhecimento.
Daí a importância de ambas serem parceiras.
Escola e família têm os mesmos objetivos: fazer a criança se desenvolver em todos os aspectos e ter sucesso na aprendizagem.
Podemos dizer que a criança precisa de: afeto – auto estima – motivação – acompanhamento familiar para finalmente ocorrer o seu desenvolvimento global.
O aluno sentindo-se seguro perceberá que é capaz de aprender, passa a ter confiança e desenvolverá no decorrer de toda a sua vida, acreditando que é possível vencer os obstáculos encontrados e com certeza estará preparado para o mundo e está segurança se dá se tiver o apoio e a presença da família no ambiente escolar.
A escola não deveria viver sem a família e nem a família deveria viver sem a escola. Uma depende da outra na tentativa de alcançar o maior objetivo, qual seja, o melhor futuro para o filho e educando e, automaticamente, para toda a sociedade.
As instituições que conseguiram transformar os pais ou responsáveis em parceiros diminuíram os índices de evasão e de violência e melhoraram o rendimento das turmas de forma significativa.
A necessidade de se construir uma relação entre escola e família, deve ser para planejar, estabelecer compromissos e acordos mínimos para que o educando/filho tenha uma educação com qualidade tanto em casa quanto na escola.
Sabemos que, o vínculo com a família é essencial para o desenvolvimento global do educando.
Seja qual for o problema, dentro da escola, a resolução não está apenas no tratamento do educando, mas sim na orientação familiar.Ambos devem-se unirem em prol do aluno.


Para saber mais sobre o assunto.
A criança de 6 anos no Ensino Fundamental- Fundação Santillana,”Parceria ente escola, família e sociedade”-módulo 20 -    Sonia das Graças Oliveira Silva
A Escola e a Família: Abordagens Psicopedagógicas, Valéria Rodrigues Dias, p.124, Ed. Cabral
A Relação Família / Escola: Desafios e Perspectivas. Heloisa Szymanki,136 p. Ed. Plano .
BRASIL, Estatuto da criança e do adolescente – ECA. Brasília: Distrito Federal: Senado, 1990.
DAVIES D. Marques, R. & Silva P. (1997). Os professores e as famílias: A colaboração possível (2ª Ed.) Lisboa: Livros Horizontes.
Educação, Escola, Família e Sociedade; Texto: Prof. Dr. Fábio Pestana Ramos
Google Acadêmico (artigos): Em busca de uma compreensão das relações entre família e escola; A família e a escola como contexto de desenvolvimento humano.
LEITE, S. A.S & Tassoni E. C. M. (2002). A afetividade em sala de aula: condições do ensino e a mediação do professor, Psicologia e formação docente::desafios e conversas (p. 113 – 142) São Paulo: Casa do Psicólogo.
LOPES J.S.I. (2002) Educação na família e na escola. Coleção O que é,como se faz?(M. C. Mota,Trad.) São Paulo: Loyola (Trabalho originalmente publicado em 1999).
MARQUES, R. (2002) O envolvimento das famílias no processo educativo. Resultado de um estudo em cinco países. Retirado em 16 de Maio, 2003, de htpp://www.eses.pt/usr/ Ramiro/Texto.
Para entender a relação escola-família – Uma contribuição da história da educação;
PARO, Vitor Henrique. Qualidade do ensino: a contribuição dos pais (1997, p.30).
PIAGET, J. Para onde vai a educação. José Olympio ed. 15a edição. Rio de Janeiro: 1972/2000.
POLÔNIA A.C.,&Dessen M.A.(2005) Em busca de uma compreensão das relações entre família e escola. Psicologia Escolar e Educacional.
Portal do movimento Educar para Crescer www.educarparacrescer.com.br
PRADO, Danta O que é família. 1 ed.São Paulo: Brasiliense,1981.
Revista Nova Escola - Edição 003 | Agosto/Setembro 2009 http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/diretor/escola-familia- Site: Revista Nova Escola acessado no dia 04/11/2011
SZYMANSKI H. (2001). A relação família-escola: Desafios e perspectivas. Brasília: Ed.Plano.
www.webartigos.com.br – A Participação da Família no Processo de Aprendizagem da leitura e escrita, publicado 04/11/2010 por Joselina da Silva Fonseca
www.webartigos.com.br - Refletindo sobre A Relação Família – Escola publicado 17/01/2007 por Graziela Sutter
You Tube, Nova Escola on line- Heloisa Zymaski, Professora de Psicologia da Educação da PUC-SP.


Texto: Profa. Elaine Cristina Reis Silva.
Pós-Graduanda em Psicopedagogia Institucional pelo INEC/UNICSUL.

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Forte abraço.
Prof. Dr. Fábio Pestana Ramos.

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