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Periodicidade: Semestral (edições em julho e dezembro) a partir do inicio do ano de 2013.
Mensal entre 13 de agosto de 2010 e 31 de dezembro de 2012.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

O protagonismo juvenil e a formação de agentes culturais na escola.

Para entender a história... ISSN 2179-4111. Ano 3, Vol. fev., Série 20/02, 2012, p.01-10.

O presente artigo faz parte da Monografia de Conclusão de Curso de Pós-Graduação em Psicopedagogia Institucional pelo INEC/Universidade Cruzeiro do Sul, orientada pelo Prof. Dr. Fábio Pestana Ramos.

DEDICATÓRIA: Dedico aos Professores participantes do projeto realizado na EMEF Ayres Martins Torres que contribuiu para a realização deste trabalho.


Dentro da ideia de protagonismo juvenil proposta por Gomes da Costa, o jovem tomado como elemento central da prática educativa, que participa de todas as fases desta prática, desde a elaboração, execução até a avaliação das ações propostas.  
A idéia é que o protagonismo juvenil possa estimular a participação social dos jovens, contribuindo não apenas com o desenvolvimento pessoal dos jovens atingidos, mas com o desenvolvimento das comunidades em que os jovens estão inseridos.
Dessa forma, segundo o educador, o protagonismo juvenil contribui para a formação de pessoas mais autônomas e comprometidas socialmente, com valores de solidariedade e respeito mais incorporados, o que contribui para uma proposta de transformação social.
Antonio Carlos Gomes da Costa acredita que toda Educação deva levar em conta duas perguntas básicas:
Que tipo de homem se pretende formar e que tipo de sociedade pretendemos construir?
A primeira questão ele responde a partir da reflexão sobre as principais características do século XX, em que o mundo capitalista desenvolveu um homem excessivamente autônomo e pouco solidário tendo o mundo socialista desenvolvido o contrário.
É dentro deste contexto que apresento o projeto a seguir que com a ação concreta dos jovens apoiados pelos professores e seus pais, contribui para uma sociedade mais justa e solidária a partir da incorporação de valores democráticos e participativos por parte dos jovens e da vivência do diálogo, da negociação e a convivência com as diferenças.
Um compromisso com a democracia.


PROTAGONISMO JUVENIL (AGENTES CULTURAIS).
O Protagonismo Juvenil é um tipo de ação de intervenção no contexto social para responder a problemas reais onde o jovem é sempre o ator principal.
É uma forma superior de educação para a cidadania não pelo discurso das palavras, mas pelo curso dos acontecimentos.
É passar a mensagem da cidadania criando acontecimentos, onde o jovem ocupa uma posição de centralidade.
O Protagonismo Juvenil significa, tecnicamente, o jovem participar como ator principal em ações que não dizem respeito à sua vida privada, familiar e afetiva, mas a problemas relativos ao bem comum, na escola, na comunidade ou na sociedade mais ampla.
Outro aspecto do protagonismo é a concepção do jovem como fonte de iniciativa, que é ação; como fonte de liberdade, que é opção; e como fonte de compromissos, que é responsabilidade.
Na raiz do protagonismo tem que haver uma opção livre do jovem, ele tem que participar na decisão se vai ou não fazer a ação.
O jovem tem que participar do planejamento da ação.
Depois tem que participar na execução da ação, na sua avaliação e na apropriação dos resultados.
Existem dois padrões de protagonismo juvenil: quando as pessoas do mundo adulto fazem junto com os jovens e quando os jovens fazem de maneira autônoma.


Ao perguntar-nos acerca do tipo de jovem que queremos formar, concluímos que é aquele autônomo, solidário, competente e participativo.
Refletindo sobre essa questão, surgiu-nos a ideia de protagonismo juvenil, conceito que veio preencher uma lacuna teórico-prática nesse campo.
A palavra protagonismo é formada por duas raízes gregas: proto, que significa "o primeiro, o principal"; agon, que significa "luta".
Agonistes, por sua vez, significa "lutador". Protagonista quer dizer, então, lutador principal, personagem principal, ator principal.
Uma ação é dita protagônica quando, na sua execução, o educando é o ator principal no processo de seu desenvolvimento.
Por meio desse tipo de ação, o adolescente adquire e amplia seu repertório interativo, aumentando assim sua capacidade de interferir de forma ativa e construtiva em seu contexto escolar e sócio-comunitário.
O centro da proposta é que, através da participação ativa, construtiva e solidária, o adolescente possa envolver-se na solução de problemas reais na escola, na comunidade e na sociedade.
Um dos caminhos para que isso ocorra é mudar nossa maneira de entender os adolescentes, e de agir em relação a eles.
Para isso, temos de começar mudando a maneira de vê-los.
O adolescente deve começar a ser visto como solução, e não como problema.
No interior dessa concepção, o educando emerge como fonte de iniciativa (na medida em que é dele que parte a ação), de liberdade (uma vez que na raiz de suas ações está uma decisão consciente) e de compromisso (manifesto em sua disposição de responder por seus atos).
Assim, quando o adolescente, individualmente ou em grupo, se envolve na solução de problemas reais; atuando como fonte de iniciativa, liberdade e compromisso; temos, diante de nós, um quadro de participação genuína no contexto escolar ou sócio-comunitário, o qual pode ser chamado de protagonista juvenil.
Na perspectiva do protagonismo juvenil, é imprescindível que a participação do adolescente seja de fato autêntica e não simbólica decorativa ou manipulada.
Essas últimas são, na verdade, formas de não-participação que pode causar danos ao desenvolvimento pessoal e social dos jovens, além de minar a possibilidade de um convívio autêntico entre eles e seus educadores.
A participação é a atividade mais claramente criadora, ou seja, formadora do ser humano, tanto do ponto de vista pessoal como social.
Educar para a participação é criar espaços, para que o educando possa empreender, ele próprio, a construção de seu ser.
Aqui, mais uma vez, as práticas e vivências são o melhor caminho, já que a docência dificilmente dará conta das múltiplas dimensões envolvidas no ato de participar.
Na vivência dessa pedagogia, o educador já não pode limitar-se à docência.
Mais do que ministrar aulas, ele deve atuar como líder, organizador, animador, facilitador, criador e cocriador de acontecimentos, por meio dos meios dos quais o educando possa desenvolver uma ação protagônica.
A adesão à perspectiva pedagógica do protagonismo juvenil vai muito além da assimilação, pelo educador, de algumas noções e conceitos sobre o tema.
Antes de tudo, essa adesão deve traduzir-se em um compromisso de natureza ética entre o educador e o adolescente.
O protagonismo deve ser vivido como participação do adolescente no ato criador da ação educativa, em todas as etapas de sua evolução.
Além de um compromisso ético, a opção pelo desenvolvimento de propostas baseadas no protagonismo juvenil exige do educador uma clara vontade política no sentido de contribuir, pelo seu trabalho, para a construção de uma sociedade que respeite os      direitos de cidadania e aumente progressivamente os níveis de participação democrática de sua população.
Mas a clareza conceitual, o compromisso ético e a vontade política só potencializam verdadeiramente sua ação, quando o educador está comprometido em níveis que ultrapassam em profundidade o conhecimento do assunto, ou seja, quando ele está emocionalmente envolvido com a causa da dignidade plena do adolescente.
Para que isso ocorra, o educador deve evitar posturas que inibam a participação plena dos jovens.


Eis um pequeno elenco de posturas assumidas pelos adultos ao trabalhar com adolescentes:
- Anunciar aos jovens decisões já tomadas, reservando-lhes apenas o dever de acatar;
- Decidir previamente e depois tentar convencer o grupo a assumir a decisão, tomada pelo educador, como se fora sua própria decisão;
- Apresentar uma proposta de decisão e convocar o grupo para discuti-la;
- O educador apresenta o problema, colhe sugestão dos jovens e depois decide;
- O educador apresenta o problema, colhe sugestões e decide com o auxilio do grupo;
- O educador estabelece os limites de determinada situação e solicita aos adolescentes que tomem decisões dentro desses limites;
- O educador deixa a decisão a cargo do grupo, sem interferir no processo que a originou.


 A evolução do trabalho com um grupo de adolescentes empenhados em decidir, a partir de uma ação protagônica, segue de modo geral as seguintes etapas:
- Apresentação da situação – problema.
- A situação-problema deve ser apresentada do modo mais realista e desafiante possível.
- É necessário embasá-la em dados, informações e objetivos.
- Proposta de alternativas ou vias de solução.
- Deve-se procurar extrair do grupo o maior número possível de alternativas de solução, para o problema apresentado.
- Discussão das alternativas de solução apresentadas.
- As propostas devem ser discutidas e criticadas livremente.
- O grupo deve estar consciente de que são as idéias, e não as pessoas que as apresentaram, que estão em julgamento.
- Tomada de decisão.

Durante a discussão, o grupo vai descartando as alternativas mais inviáveis e inconsistentes, até chegar à decisão final, que pode ser unânime ou majoritária.
Só em caso de omissão da maioria do grupo, a solução deve ser minoritária.
Essa, contudo, é uma situação indesejável, que deve ser evitada ao máximo pelo educador.

Em seu trabalho com jovens envolvidos na realização de ações protagônicas, cabe ao educador:
- Ajudar o grupo a identificar situações-problema e a posicionar-se diante delas;
- Empenhar-se para que o grupo não desamine nem se desvie dos objetivos propostos;
- Favorecer o fortalecimento dos vínculos entre os membros do grupo;
- Animar o grupo, não o deixando abater-se pelas dificuldades;
- Motivar o grupo a avaliar permanentemente sua atuação,
quando necessário, replanejá-la;
- Zelar permanentemente para que a ação dos jovens seja compreendida e aceita por todos os que com eles se relacionam no curso do processo;
- Manter um clima de empenho e mobilização no grupo;
- Colaborar na avaliação das ações desenvolvidas pelo grupo e na incorporação de suas conclusões nas etapas seguintes do trabalho.

O educador que se dispuser a atuar como animador de grupos de adolescentes em ações de protagonismo deverá:
- Ter consciência de que a participação na solução de problemas reais da comunidade é fundamental para o desenvolvimento pessoal e social de um adolescente;
- Conhecer os fundamentos, a dinâmica e a evolução do trabalho com grupos;
- Ter algum conhecimento a respeito da situação ou problema que se pretende enfrentar;
- Compreender adequadamente o projeto e ser capaz de explicá-lo quando necessário;
- Ter participado de ações grupais, ainda que não tenha sido na condição de animador;
- Estar convencido da importância da ação a ser realizada e estar disposto a transmitir a outras pessoas, esse conhecimento;
- Ter capacidade de administrar oscilações de comportamento entre os adolescentes, como conflitos, passividade, diferença, agressividade e destrutibilidade;
- Ser capaz de conter-se para proporcionar aos educandos a oportunidade de pensar e agir livremente;
- Acolher e compreender as manifestações verbais e não verbais emitidas pelo grupo;
- Respeitar a identidade, o dinamismo e a dignidade de cada um dos membros do grupo.

Essa maneira de trabalhar com os adolescentes certamente irá contribuir para que muito do que hoje é considerado problema transforme-se amanhã em solução.
Para isso, é preciso enfrentar de modo efetivo os problemas da escola, da comunidade e da vida social.
O fundamental é acreditar sempre no potencial criador e na força transformadora dos jovens.
A construção pedagógica do jovem solidário, autônomo, competente e participativo por meio do protagonismo juvenil deve, portanto, ser considerada uma forma superior de educação afetivo-sexual.


O Protagonismo: Uma prática para desenvolvimento do jovem.
Protagonismo Juvenil corresponde à ação, a interlocução e atitude do jovem com respeito ao conhecimento e a aquisição responsável do conhecimento e que seja eficiente para sua formação, para seu crescimento, para sua conclusão como cidadão.
No Brasil 21.249.557 habitantes dos 169.799.170 habitantes são jovens, ou melhor, 12,5% da população são representadas por jovens entre 12 e 18 anos incompletos, segundo Relatório da Situação da Adolescência Brasileira - 2002 da UNICEF, isto implica que, os jovens devem ser levados em consideração, pois são em sua natureza lideres espontâneos, que devem através de uma prática humana, educacional e democrática ser motivada a realizar ações de inovação e de mudanças em suas realidades.
Isto corresponde que no Brasil é necessário o desenvolvimento de projetos e trabalhos que levem o jovem a entender sua real necessidade, a necessidade de saber, de conhecer, de trabalhar a vida através da arte, de fazer deste momento de juventude, que é singular na vida de todos, o momento de seu crescimento seguro, com informação e maturidade, com responsabilidade e sabedoria, com respeito aos seus limites e a sua individualidade, compreendendo seu processo de evolução.
O Protagonismo Juvenil deve ser para o jovem uma leitura de ação do reflexo de sua ansiedade em conquistar objetivos, porém, de realizações concretas, ações que o façam concluir temas, conceitos e o mais importante, que o leve a estabelecer uma relação de segurança com seu próprio crescimento, mesmo estando envolto a algumas situações cotidianas que fazem parte de sua realidade, e nem sempre são situações propícias a um crescimento seguro.
Só fazemos história no futuro se soubermos entender e aceitar nosso passado e assim realizar nosso presente.
Para o jovem a necessidade momentânea é a de ser aceito, ouvido, de estabelecer relações afetivas, de ser acolhido, de “errar” sem o conceito da gravidade de um erro, pois é necessário descobrir, se desenvolver com responsabilidade, assumir seus erros, pois deles o jovem fortalece seus conceitos.
É necessário que ele seja respeitado pelo seu modo de vestir-se, andar e falar, é importante que ele seja apenas jovem, e não perca seus ideais, o que faz de um jovem por exclusividade, um líder, eis a importância de provocar ações e debates com eles para que torne concretas todas suas ansiedades correspondentes à sexualidade, drogas, profissão, estudo, ética, ser humano, sobre “vida”.
Lembre que Protagonismo Juvenil não deve ser confundido com propostas de dar palestras, reforço escolar, pois não há nada mais detestante para um jovem que freqüentar palestras e reforços, se coloquem no lugar deles: ouvir durante horas uma pessoa que não tem nenhuma relação com eles, falar de coisas que já estão saturados, como “drogas”, “sexualidade”, “violência”, entre outras.
Todo jovem sabe de cor, como usar camisinha, como o traficante faz para aliciar crianças.
Não será através deste hábito que iremos afastar o jovem do “perigo” que a vida oferece.
Para o eles é preciso criar ambientes participativos que tenham significados e importância para sua relação de crescimento.
Sabe-se que um projeto é bem desenvolvido quando os jovens gostam de manter sua freqüência no projeto, mesmo que não obrigatória.
É muito importante que as relações sejam diretas e verdadeiras.
O que se faz de mais cruel com o jovem nesta idade é a pressão de que a partir de agora devem ser ”alguém na vida”, entende-se então que até agora eles não foram nada.
É importante reconhecer que desenvolver um projeto de protagonismo juvenil é permitir ao jovem sua expressão genuína, apenas oferecendo a ele o suporte e a possibilidade, e o mais importante, alimentando e fomentando a criação do seu SER e de não deixar morrer a esperança de que nós (educadores, docentes e jovens) participamos do processo de transformação e mudança do mundo em que vivemos, mesmo que essa seja lenta.


FORMAÇÃO DE AGENTES CULTURAIS (PROJETO).

 

“Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite que ele possa ser realizado” (Roberto Shinyashiki).


JUSTIFICATIVA.
Tendo em vista a oportunidade de ampliação do horário escolar previsto na portaria 4.772 de 16 de outubro de 2009, artigo 21, parágrafo III e observando-se a necessidade de ampliar as experiências dos alunos com o mundo da cultura, num âmbito mais amplo, vimos neste projeto uma excelente oportunidade para que os mesmos tenham acesso a esse universo, através de experiências coletivas de observação e elaboração de atividades ligadas à cultura, utilizando-se especialmente da leitura e escrita.

OBJETIVOS.
·         Oferecer ao aluno a oportunidade de ser protagonista e multiplicador de conhecimentos.
·         Ajudar, informar e orientar um grupo coeso, ativo e participativo a como vivenciar com seus colegas a importância da cultura popular e erudita na formação de sua identidade.
·         Possibilitar ao agente cultural tomada de decisão e atitudes diante das ações em grupo, ampliando assim, sua autonomia e responsabilidade enquanto jovem cidadão ativo.
·         Criar junto ao grupo de agentes, espaços e ambientes de convivência escolar que possibilitem a ampliação das competências de leitora e escritora dentro de uma prática de ação comunicativa.
·         Vivenciar e desenvolver atividades significativas com trabalhos elaborados pelos alunos através de orientação dos docentes, articulados pela equipe gestora, e alcançar, assim, as metas estabelecidas pelo Plano de metas e pelo projeto Pedagógico.
·         Proporcionar maior integração com a equipe gestora e com colegas.
       
 METODOLOGIA / RECURSOS MATERIAIS.
Sob orientação dos professores responsáveis, os agentes culturais deverão atuar na divulgação e incentivo aos colegas para a participação dos eventos da escola, participarão de encontros para leitura de jornais, revistas e livros, com conversas e reflexões sobre textos montando um jornal mural mensal, promovendo concursos diversos (desenho, poesia, tiras de humor, frases, etc.) entrevistas, pesquisas sobre diversos assuntos de interesse do grupo.

OTIMIZAÇÃO DOS RECURSOS E ESPAÇOS DA ESCOLA.
Sala de leitura.
Sala de informática.
Pátio.
Salas de aula.
Sala de vídeo.
Filmadora, máquina fotográfica, mesa e som.

Todas as reuniões serão organizadas em data prevista e os alunos terão autorização dos responsáveis para a sua participação.
O registro das reuniões será feito pelos agentes culturais em agenda entregue no início do projeto para anotações, acompanhamento e organização das atividades.
Um aluno será eleito secretário para o acompanhamento e registro dos assuntos e frequência em ata.
Professores em ação conjunta deverão orientar em todos os processos desde a organização, registros e pesquisas até a avaliação final das atividades realizadas.

PUBLICO ALVO.
COMUNIDADE ESCOLAR.

 AVALIAÇÃO / ACOMPANHAMENTO.
A avaliação ocorrerá de forma contínua com observação dos alunos em todas as atividades propostas através da frequência e interesse nas reuniões e trabalhos propostos, na organização de eventos e divulgação de informações.
 Os resultados dos trabalhos serão apreciados e avaliados também pela equipe gestora e comunidade escolar representada pelo seu conselho

DICAS PARA OS AGENTES CULTURAIS.
1.      Converse com seus amigos e amigas sobre suas preocupações, as coisas que você acha que não vai bem em sua escola, no seu bairro, com a sua comunidade.
2.      Identifiquem na realidade o que vivenciam quais as coisas que não estão bem. Pensem como podem ajudar.
3.      Busquem ajuda de um professor, um grupo para trocar experiências.
4.      Bolem ações que possam ajudar a resolver as questões.
5.      Planejem, protagonizem.


CONCLUINDO.
O projeto já acontece na EMEF Ayres Martins Torres, DRE IQ- ITAQUERA, onde funcionam 02 períodos: manhã e tarde.
São participantes os alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental II. 
Desde o ano de 2009 com a participação de 03 professores e 42 alunos, organiza-se o jornal mural mensal que é uma forma criativa de se comunicar com os demais alunos.
Em 2010, os agentes culturais participaram do curso SEGURANÇA NO TRANSITO promovido pela UNESCO.
Foram multiplicadores no Ensino fundamental I e atingiram o objetivo com a apresentação de teatro e questionamentos sobre a violência no trânsito.
O envolvimento das crianças foi satisfatório e os jovens sentiram a grande importância de seu trabalho.
Participaram também do curso de Educação Sexual na adolescência.
O curso foi oferecido  já no final do 4º bimestre de 2011 e a  realização das PROVAS SÃO PAULO e  BRASIL  vinculadas à outras responsabilidades,  prejudicaram os agentes culturais  que sentiram dificuldades na  multiplicação de informações, porém se  organizam para o ano de 2012  com novidades para os alunos de toda a escola.
Os professores observaram resultados significativos, pois além dos alunos serem participativos e ativos no processo, eles encaminham as decisões e resolvem com agilidade o serviço de multiplicação das ações.
O jornal se tornou um ícone da informação, citando inclusive, datas de reuniões de pais e outros.
O período de realização do projeto em 2011 iniciou em março e o término em 30/11/2011, onde os mesmos farão uma avaliação final sobre o trabalho desenvolvido e traçarão junto aos mediadores metas para o corrente ano.
Antonio Carlos Gomes da Costa em sua obra relacionada ao Protagonismo Juvenil deixa clara a importância da participação dos jovens em todos os componentes da sociedade.
Vejo com muita transparência a felicidade dos jovens em colaborar com a escola podendo fazer parte do conjunto de indivíduos que irão somar conhecimentos.
Percebe-se que as crianças em idade inferior sentem-se a vontade para perguntar e questionar com estes jovens multiplicadores, o que faz com que a proposta não seja de insucesso.
Os nossos jovens são criadores e estão antenados.
Apreciá-los e transformar esse conhecimento em subsídios para o aperfeiçoamento das competências leitoras e escritora, torna-o o protagonista de sua própria história.


PARA SABER MAIS SOBRE O ASSUNTO.
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei n. 8.069/90. São Paulo: Atlas, 1990.
COSTA, Antonio Carlos Gomes da. Protagonismo Juvenil - Adolescência, Educação e Participação Demográfica. Salvador: Fundação Odebrecht, 1998.
COSTA, Antonio Carlos Gomes da, COSTA, Alfredo Carlos Gomes da & PIMENTEL, Antônio de Pádua Gomes. Educação de Vida - Um Guia para o Adolescente. Belo horizonte: Modus Faciendi, 1998.
SPOSITO, M. P. Os Jovens no Brasil: desigualdades multiplicadas e novas demandas políticas. São Paulo: Ação Educativa, 2003.

Aliança por um Mundo Solidário e Responsável / Rede Jovem - www.echo.org
Aprendiz do Futuro - www.aprendiz.org.br
ANDI - Agência de Notícias Pelos Direitos da Infância - www.andi.org.br
Movimento de Intercâmbio Artístico e Cultural pela Cidadania - www.miac.org.br
Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento - CPCD - www.cpcd.org.br


Texto: Profa. Maria Verônica Freire Sapucaia Teles.
Pós-Graduanda em Psicopedagogia Institucional pelo INEC/UNICSUL.

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Forte abraço.
Prof. Dr. Fábio Pestana Ramos.

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