Para
entender a história... ISSN 2179-4111. Ano 3, Vol.
fev., Série 20/02, 2012, p.01-10.
O presente artigo faz parte da
Monografia de Conclusão de Curso de Pós-Graduação em Psicopedagogia
Institucional pelo INEC/Universidade Cruzeiro do Sul, orientada
pelo Prof. Dr. Fábio Pestana Ramos.
DEDICATÓRIA:
Dedico aos Professores participantes do projeto realizado na EMEF Ayres Martins
Torres que contribuiu para a realização deste trabalho.
Dentro
da ideia de protagonismo juvenil proposta por Gomes da Costa, o jovem tomado
como elemento central da prática educativa, que participa de todas as fases
desta prática, desde a elaboração, execução até a avaliação das ações
propostas.
A
idéia é que o protagonismo juvenil possa estimular a participação social dos
jovens, contribuindo não apenas com o desenvolvimento pessoal dos jovens
atingidos, mas com o desenvolvimento das comunidades em que os jovens estão
inseridos.
Dessa
forma, segundo o educador, o protagonismo juvenil contribui para a formação de
pessoas mais autônomas e comprometidas socialmente, com valores de
solidariedade e respeito mais incorporados, o que contribui para uma proposta
de transformação social.
Antonio
Carlos Gomes da Costa acredita que toda Educação deva levar em conta duas
perguntas básicas:
Que
tipo de homem se pretende formar e que tipo de sociedade pretendemos construir?
A
primeira questão ele responde a partir da reflexão sobre as principais
características do século XX, em que o mundo capitalista desenvolveu um homem
excessivamente autônomo e pouco solidário tendo o mundo socialista desenvolvido
o contrário.
É
dentro deste contexto que apresento o projeto a seguir que com a ação concreta
dos jovens apoiados pelos professores e seus pais, contribui para uma sociedade
mais justa e solidária a partir da incorporação de valores democráticos e
participativos por parte dos jovens e da vivência do diálogo, da negociação e a
convivência com as diferenças.
Um
compromisso com a democracia.
PROTAGONISMO
JUVENIL (AGENTES CULTURAIS).
O Protagonismo Juvenil é um tipo de
ação de intervenção no contexto social para responder a problemas reais onde o
jovem é sempre o ator principal.
É uma forma superior de educação para a
cidadania não pelo discurso das palavras, mas pelo curso dos acontecimentos.
É passar a mensagem da cidadania
criando acontecimentos, onde o jovem ocupa uma posição de centralidade.
O Protagonismo Juvenil significa,
tecnicamente, o jovem participar como ator principal em ações que não dizem
respeito à sua vida privada, familiar e afetiva, mas a problemas relativos ao
bem comum, na escola, na comunidade ou na sociedade mais ampla.
Outro aspecto do protagonismo é a
concepção do jovem como fonte de iniciativa, que é ação; como fonte de
liberdade, que é opção; e como fonte de compromissos, que é responsabilidade.
Na raiz do protagonismo tem que haver
uma opção livre do jovem, ele tem que participar na decisão se vai ou não fazer
a ação.
O jovem tem que participar do
planejamento da ação.
Depois tem que participar na execução
da ação, na sua avaliação e na apropriação dos resultados.
Existem dois padrões de protagonismo
juvenil: quando as pessoas do mundo adulto fazem junto com os jovens e quando
os jovens fazem de maneira autônoma.
Ao perguntar-nos acerca do tipo de
jovem que queremos formar, concluímos que é aquele autônomo, solidário,
competente e participativo.
Refletindo sobre essa questão,
surgiu-nos a ideia de protagonismo juvenil, conceito que veio preencher uma lacuna
teórico-prática nesse campo.
A palavra protagonismo é formada por
duas raízes gregas: proto, que significa "o primeiro, o principal";
agon, que significa "luta".
Agonistes, por sua vez, significa
"lutador". Protagonista quer dizer, então, lutador principal,
personagem principal, ator principal.
Uma ação é dita protagônica quando, na
sua execução, o educando é o ator principal no processo de seu desenvolvimento.
Por meio desse tipo de ação, o
adolescente adquire e amplia seu repertório interativo, aumentando assim sua
capacidade de interferir de forma ativa e construtiva em seu contexto escolar e
sócio-comunitário.
O centro da proposta é que, através da
participação ativa, construtiva e solidária, o adolescente possa envolver-se na
solução de problemas reais na escola, na comunidade e na sociedade.
Um dos caminhos para que isso ocorra é
mudar nossa maneira de entender os adolescentes, e de agir em relação a eles.
Para isso, temos de começar mudando a
maneira de vê-los.
O adolescente deve começar a ser visto
como solução, e não como problema.
No interior dessa concepção, o educando
emerge como fonte de iniciativa (na medida em que é dele que parte a ação), de
liberdade (uma vez que na raiz de suas ações está uma decisão consciente) e de
compromisso (manifesto em sua disposição de responder por seus atos).
Assim, quando o adolescente,
individualmente ou em grupo, se envolve na solução de problemas reais; atuando
como fonte de iniciativa, liberdade e compromisso; temos, diante de nós, um
quadro de participação genuína no contexto escolar ou sócio-comunitário, o qual
pode ser chamado de protagonista juvenil.
Na perspectiva do protagonismo juvenil,
é imprescindível que a participação do adolescente seja de fato autêntica e não
simbólica decorativa ou manipulada.
Essas últimas são, na verdade, formas
de não-participação que pode causar danos ao desenvolvimento pessoal e social
dos jovens, além de minar a possibilidade de um convívio autêntico entre eles e
seus educadores.
A participação é a atividade mais
claramente criadora, ou seja, formadora do ser humano, tanto do ponto de vista
pessoal como social.
Educar para a participação é criar
espaços, para que o educando possa empreender, ele próprio, a construção de seu
ser.
Aqui, mais uma vez, as práticas e
vivências são o melhor caminho, já que a docência dificilmente dará conta das
múltiplas dimensões envolvidas no ato de participar.
Na vivência dessa pedagogia, o educador
já não pode limitar-se à docência.
Mais do que ministrar aulas, ele deve
atuar como líder, organizador, animador, facilitador, criador e cocriador de
acontecimentos, por meio dos meios dos quais o educando possa desenvolver uma
ação protagônica.
A adesão à perspectiva pedagógica do
protagonismo juvenil vai muito além da assimilação, pelo educador, de algumas
noções e conceitos sobre o tema.
Antes de tudo, essa adesão deve traduzir-se
em um compromisso de natureza ética entre o educador e o adolescente.
O protagonismo deve ser vivido como
participação do adolescente no ato criador da ação educativa, em todas as
etapas de sua evolução.
Além de um compromisso ético, a opção
pelo desenvolvimento de propostas baseadas no protagonismo juvenil exige do
educador uma clara vontade política no sentido de contribuir, pelo seu
trabalho, para a construção de uma sociedade que respeite os direitos de cidadania e aumente progressivamente
os níveis de participação democrática de sua população.
Mas a clareza conceitual, o compromisso
ético e a vontade política só potencializam verdadeiramente sua ação, quando o
educador está comprometido em níveis que ultrapassam em profundidade o
conhecimento do assunto, ou seja, quando ele está emocionalmente envolvido com
a causa da dignidade plena do adolescente.
Para que isso ocorra, o educador deve
evitar posturas que inibam a participação plena dos jovens.
Eis um pequeno elenco de posturas
assumidas pelos adultos ao trabalhar com adolescentes:
- Anunciar aos jovens decisões já
tomadas, reservando-lhes apenas o dever de acatar;
- Decidir previamente e depois tentar
convencer o grupo a assumir a decisão, tomada pelo educador, como se fora sua
própria decisão;
- Apresentar uma proposta de decisão e
convocar o grupo para discuti-la;
- O educador apresenta o problema,
colhe sugestão dos jovens e depois decide;
- O educador apresenta o problema,
colhe sugestões e decide com o auxilio do grupo;
- O educador estabelece os limites de
determinada situação e solicita aos adolescentes que tomem decisões dentro
desses limites;
- O educador deixa a decisão a cargo do
grupo, sem interferir no processo que a originou.
A evolução do trabalho com um grupo de
adolescentes empenhados em decidir, a partir de uma ação protagônica, segue de
modo geral as seguintes etapas:
- Apresentação da situação – problema.
- A situação-problema deve ser
apresentada do modo mais realista e desafiante possível.
- É necessário embasá-la em dados,
informações e objetivos.
- Proposta de alternativas ou vias de solução.
- Deve-se procurar extrair do grupo o maior número possível de alternativas de
solução, para o problema apresentado.
- Discussão das alternativas de solução
apresentadas.
- As propostas devem ser discutidas e
criticadas livremente.
- O grupo deve estar consciente de que
são as idéias, e não as pessoas que as apresentaram, que estão em julgamento.
- Tomada de decisão.
Durante a discussão, o grupo vai descartando as alternativas mais inviáveis e
inconsistentes, até chegar à decisão final, que pode ser unânime ou
majoritária.
Só em caso de omissão da maioria do
grupo, a solução deve ser minoritária.
Essa, contudo, é uma situação indesejável,
que deve ser evitada ao máximo pelo educador.
Em seu trabalho com jovens envolvidos
na realização de ações protagônicas, cabe ao educador:
- Ajudar o grupo a identificar
situações-problema e a posicionar-se diante delas;
- Empenhar-se para que o grupo não
desamine nem se desvie dos objetivos propostos;
- Favorecer o fortalecimento dos vínculos
entre os membros do grupo;
- Animar o grupo, não o deixando abater-se
pelas dificuldades;
- Motivar o grupo a avaliar
permanentemente sua atuação,
quando necessário, replanejá-la;
- Zelar permanentemente para que a ação
dos jovens seja compreendida e aceita por todos os que com eles se relacionam
no curso do processo;
- Manter um clima de empenho e
mobilização no grupo;
- Colaborar na avaliação das ações
desenvolvidas pelo grupo e na incorporação de suas conclusões nas etapas
seguintes do trabalho.
O educador que se dispuser a atuar como
animador de grupos de adolescentes em ações de protagonismo deverá:
- Ter consciência de que a participação
na solução de problemas reais da comunidade é fundamental para o
desenvolvimento pessoal e social de um adolescente;
- Conhecer os fundamentos, a dinâmica e
a evolução do trabalho com grupos;
- Ter algum conhecimento a respeito da
situação ou problema que se pretende enfrentar;
- Compreender adequadamente o projeto e
ser capaz de explicá-lo quando necessário;
- Ter participado de ações grupais,
ainda que não tenha sido na condição de animador;
- Estar convencido da importância da ação
a ser realizada e estar disposto a transmitir a outras pessoas, esse
conhecimento;
- Ter capacidade de administrar
oscilações de comportamento entre os adolescentes, como conflitos, passividade,
diferença, agressividade e destrutibilidade;
- Ser capaz de conter-se para
proporcionar aos educandos a oportunidade de pensar e agir livremente;
- Acolher e compreender as
manifestações verbais e não verbais emitidas pelo grupo;
- Respeitar a identidade, o dinamismo e
a dignidade de cada um dos membros do grupo.
Essa maneira de
trabalhar com os adolescentes certamente irá contribuir para que muito do que
hoje é considerado problema transforme-se amanhã em solução.
Para isso, é preciso
enfrentar de modo efetivo os problemas da escola, da comunidade e da vida
social.
O fundamental é
acreditar sempre no potencial criador e na força transformadora dos jovens.
A construção pedagógica
do jovem solidário, autônomo, competente e participativo por meio do
protagonismo juvenil deve, portanto, ser considerada uma forma superior de
educação afetivo-sexual.
O Protagonismo: Uma prática para desenvolvimento do
jovem.
Protagonismo Juvenil corresponde à
ação, a interlocução e atitude do jovem com respeito ao conhecimento e a aquisição
responsável do conhecimento e que seja eficiente para sua formação, para seu
crescimento, para sua conclusão como cidadão.
No Brasil 21.249.557 habitantes dos
169.799.170 habitantes são jovens, ou melhor, 12,5% da população são
representadas por jovens entre 12 e 18 anos incompletos, segundo Relatório da
Situação da Adolescência Brasileira - 2002 da UNICEF, isto implica que, os
jovens devem ser levados em consideração, pois são em sua natureza lideres
espontâneos, que devem através de uma prática humana, educacional e democrática
ser motivada a realizar ações de inovação e de mudanças em suas realidades.
Isto corresponde que no Brasil é
necessário o desenvolvimento de projetos e trabalhos que levem o jovem a
entender sua real necessidade, a necessidade de saber, de conhecer, de
trabalhar a vida através da arte, de fazer deste momento de juventude, que é
singular na vida de todos, o momento de seu crescimento seguro, com informação
e maturidade, com responsabilidade e sabedoria, com respeito aos seus limites e
a sua individualidade, compreendendo seu processo de evolução.
O Protagonismo Juvenil deve ser
para o jovem uma leitura de ação do reflexo de sua ansiedade em conquistar
objetivos, porém, de realizações concretas, ações que o façam concluir temas,
conceitos e o mais importante, que o leve a estabelecer uma relação de
segurança com seu próprio crescimento, mesmo estando envolto a algumas
situações cotidianas que fazem parte de sua realidade, e nem sempre são situações
propícias a um crescimento seguro.
Só fazemos história no futuro se
soubermos entender e aceitar nosso passado e assim realizar nosso presente.
Para o jovem a necessidade
momentânea é a de ser aceito, ouvido, de estabelecer relações afetivas, de ser
acolhido, de “errar” sem o conceito da gravidade de um erro, pois é necessário
descobrir, se desenvolver com responsabilidade, assumir seus erros, pois deles
o jovem fortalece seus conceitos.
É necessário que ele seja
respeitado pelo seu modo de vestir-se, andar e falar, é importante que ele seja
apenas jovem, e não perca seus ideais, o que faz de um jovem por exclusividade,
um líder, eis a importância de provocar ações e debates com eles para que torne
concretas todas suas ansiedades correspondentes à sexualidade, drogas,
profissão, estudo, ética, ser humano, sobre “vida”.
Lembre que Protagonismo Juvenil não
deve ser confundido com propostas de dar palestras, reforço escolar, pois não
há nada mais detestante para um jovem que freqüentar palestras e reforços, se
coloquem no lugar deles: ouvir durante horas uma pessoa que não tem nenhuma
relação com eles, falar de coisas que já estão saturados, como “drogas”,
“sexualidade”, “violência”, entre outras.
Todo jovem sabe de cor, como usar
camisinha, como o traficante faz para aliciar crianças.
Não será através deste hábito que
iremos afastar o jovem do “perigo” que a vida oferece.
Para o eles é preciso criar
ambientes participativos que tenham significados e importância para sua relação
de crescimento.
Sabe-se que um projeto é bem
desenvolvido quando os jovens gostam de manter sua freqüência no projeto, mesmo
que não obrigatória.
É muito importante que as relações
sejam diretas e verdadeiras.
O que se faz de mais cruel com o
jovem nesta idade é a pressão de que a partir de agora devem ser ”alguém na
vida”, entende-se então que até agora eles não foram nada.
É importante reconhecer que
desenvolver um projeto de protagonismo juvenil é permitir ao jovem sua
expressão genuína, apenas oferecendo a ele o suporte e a possibilidade, e o
mais importante, alimentando e fomentando a criação do seu SER e de não deixar
morrer a esperança de que nós (educadores, docentes e jovens) participamos do
processo de transformação e mudança do mundo em que vivemos, mesmo que essa
seja lenta.
FORMAÇÃO
DE AGENTES CULTURAIS (PROJETO).
“Tudo o que um sonho precisa para ser
realizado é alguém que acredite que ele possa ser realizado” (Roberto
Shinyashiki).
JUSTIFICATIVA.
Tendo em vista a oportunidade de
ampliação do horário escolar previsto na portaria 4.772 de 16 de outubro de
2009, artigo 21, parágrafo III e observando-se a necessidade de ampliar as
experiências dos alunos com o mundo da cultura, num âmbito mais amplo, vimos
neste projeto uma excelente oportunidade para que os mesmos tenham acesso a esse
universo, através de experiências coletivas de observação e elaboração de
atividades ligadas à cultura, utilizando-se especialmente da leitura e escrita.
OBJETIVOS.
·
Oferecer ao aluno a oportunidade de ser protagonista
e multiplicador de conhecimentos.
·
Ajudar, informar e orientar um grupo
coeso, ativo e participativo a como vivenciar com seus colegas a importância da
cultura popular e erudita na formação de sua identidade.
·
Possibilitar ao agente cultural tomada
de decisão e atitudes diante das ações em grupo, ampliando assim, sua autonomia
e responsabilidade enquanto jovem cidadão ativo.
·
Criar junto ao grupo de agentes, espaços
e ambientes de convivência escolar que possibilitem a ampliação das
competências de leitora e escritora dentro de uma prática de ação comunicativa.
·
Vivenciar e desenvolver atividades
significativas com trabalhos elaborados pelos alunos através de orientação dos
docentes, articulados pela equipe gestora, e alcançar, assim, as metas
estabelecidas pelo Plano de metas e pelo projeto Pedagógico.
·
Proporcionar maior integração com a
equipe gestora e com colegas.
METODOLOGIA / RECURSOS MATERIAIS.
Sob orientação dos
professores responsáveis, os agentes culturais deverão atuar na divulgação e
incentivo aos colegas para a participação dos eventos da escola, participarão
de encontros para leitura de jornais, revistas e livros, com conversas e
reflexões sobre textos montando um jornal mural mensal, promovendo concursos diversos
(desenho, poesia, tiras de humor, frases, etc.) entrevistas, pesquisas sobre
diversos assuntos de interesse do grupo.
OTIMIZAÇÃO
DOS RECURSOS E ESPAÇOS DA ESCOLA.
Sala de leitura.
Sala de informática.
Pátio.
Salas de aula.
Sala de vídeo.
Filmadora, máquina fotográfica,
mesa e som.
Todas as reuniões serão organizadas
em data prevista e os alunos terão autorização dos responsáveis para a sua
participação.
O registro das reuniões será feito
pelos agentes culturais em agenda entregue no início do projeto para anotações,
acompanhamento e organização das atividades.
Um aluno será eleito secretário
para o acompanhamento e registro dos assuntos e frequência em ata.
Professores em ação conjunta
deverão orientar em todos os processos desde a organização, registros e pesquisas
até a avaliação final das atividades realizadas.
PUBLICO
ALVO.
COMUNIDADE ESCOLAR.
AVALIAÇÃO / ACOMPANHAMENTO.
A avaliação ocorrerá de forma
contínua com observação dos alunos em todas as atividades propostas através da
frequência e interesse nas reuniões e trabalhos propostos, na organização de
eventos e divulgação de informações.
Os resultados dos trabalhos serão apreciados e
avaliados também pela equipe gestora e comunidade escolar representada pelo seu
conselho
DICAS PARA OS AGENTES
CULTURAIS.
1.
Converse com seus amigos e amigas sobre
suas preocupações, as coisas que você acha que não vai bem em sua escola, no
seu bairro, com a sua comunidade.
2.
Identifiquem na realidade o que
vivenciam quais as coisas que não estão bem. Pensem como podem ajudar.
3.
Busquem ajuda de um professor, um grupo
para trocar experiências.
4.
Bolem ações que possam ajudar a resolver
as questões.
5. Planejem,
protagonizem.
CONCLUINDO.
O projeto já acontece na EMEF Ayres
Martins Torres, DRE IQ- ITAQUERA, onde funcionam 02 períodos: manhã e tarde.
São participantes os alunos do 6º ao 9º
ano do Ensino Fundamental II.
Desde o ano de 2009 com a participação
de 03 professores e 42 alunos, organiza-se o jornal mural mensal que é uma
forma criativa de se comunicar com os demais alunos.
Em 2010, os agentes culturais participaram
do curso SEGURANÇA NO TRANSITO promovido pela UNESCO.
Foram multiplicadores no Ensino
fundamental I e atingiram o objetivo com a apresentação de teatro e
questionamentos sobre a violência no trânsito.
O envolvimento das crianças foi
satisfatório e os jovens sentiram a grande importância de seu trabalho.
Participaram também do curso de
Educação Sexual na adolescência.
O curso foi oferecido já no final do 4º bimestre de 2011 e a realização das PROVAS SÃO PAULO e BRASIL vinculadas à outras responsabilidades, prejudicaram os agentes culturais que sentiram dificuldades na multiplicação de informações, porém se organizam para o ano de 2012 com novidades para os alunos de toda a escola.
Os professores observaram resultados
significativos, pois além dos alunos serem participativos e ativos no processo,
eles encaminham as decisões e resolvem com agilidade o serviço de multiplicação
das ações.
O jornal se tornou um ícone da
informação, citando inclusive, datas de reuniões de pais e outros.
O período de realização do projeto em
2011 iniciou em março e o término em 30/11/2011, onde os mesmos farão uma
avaliação final sobre o trabalho desenvolvido e traçarão junto aos mediadores
metas para o corrente ano.
Antonio Carlos Gomes da Costa em sua
obra relacionada ao Protagonismo Juvenil deixa clara a importância da
participação dos jovens em todos os componentes da sociedade.
Vejo com muita transparência a
felicidade dos jovens em colaborar com a escola podendo fazer parte do conjunto
de indivíduos que irão somar conhecimentos.
Percebe-se que as crianças em idade
inferior sentem-se a vontade para perguntar e questionar com estes jovens
multiplicadores, o que faz com que a proposta não seja de insucesso.
Os nossos jovens são criadores e estão
antenados.
Apreciá-los e transformar esse
conhecimento em subsídios para o aperfeiçoamento das competências leitoras e
escritora, torna-o o protagonista de sua própria história.
PARA SABER
MAIS SOBRE O ASSUNTO.
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente –
Lei n. 8.069/90. São Paulo: Atlas, 1990.
COSTA, Antonio Carlos Gomes da. Protagonismo Juvenil - Adolescência, Educação e Participação
Demográfica. Salvador: Fundação Odebrecht, 1998.
COSTA, Antonio Carlos Gomes da, COSTA, Alfredo
Carlos Gomes da & PIMENTEL, Antônio de Pádua Gomes. Educação de Vida - Um Guia para o Adolescente. Belo horizonte: Modus
Faciendi, 1998.
SPOSITO, M. P. Os Jovens no Brasil: desigualdades
multiplicadas e novas demandas políticas. São Paulo: Ação Educativa, 2003.
Aliança por um Mundo
Solidário e Responsável / Rede Jovem
-
www.echo.org
Movimento de
Intercâmbio Artístico e Cultural pela Cidadania
- www.miac.org.br
Texto: Profa.
Maria Verônica Freire Sapucaia Teles.
Pós-Graduanda
em Psicopedagogia Institucional pelo INEC/UNICSUL.
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Forte abraço.
Prof. Dr. Fábio Pestana Ramos.
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