Para entender a história... ISSN 2179-4111. Ano 3, Volume jan., Série 09/01, 2012, p.01-07.
Diante de novos paradigmas educacionais e necessidades cada vez mais diversificadas de aprendizagem, a educação está em atrito.
O professor necessita cada vez mais desempenhar um papel de investigador, pesquisador, colaborador e atuante no processo cognitivo do aluno.
Demonstrarei como cada vez é mais urgente repensar o papel docente e suas práticas pedagógicas em relação às necessidades atuais de educação e o papel da escola frente a todas essas dificuldades.
Frente a tantas mudanças e novos paradigmas se faz necessário a atualização e capacitação docente para atuação nas instituições escolares, o coordenador pedagógico ou o psicopedagogo, pode auxiliar e colaborar para que finalmente possa haver algumas mudanças significativas na educação.
Considerações iniciais.
A escola atual deixa de centrar seus esforços no ensino e passa a centrar na aprendizagem do aluno.
O aluno não é mais visto como uma tabula rasa, ele possui uma história de vida, conhecimentos prévios que devem ser investigados pelo professor e levando em consideração para desenvolvimento do trabalho pedagógico.
O professor não é mais transmissor de conhecimento, agora ele é visto como mediador-facilitador da aprendizagem do aluno que busca a informação que deseja em outros meios, além da escola.
O docente intervém na aprendizagem do aluno e articula aquilo que é necessário para uma aprendizagem significativa, capaz de formar um ser crítico, ativo, participativo e sujeito da sua própria história.
No entanto, o processo de aprendizagem não é tão fácil, a sociedade do conhecimento, a globalização trouxe benefícios e muitos malefícios também ao mundo.
O aluno enfrenta diversas dificuldades que o levam a ter dificuldades para aquisição da aprendizagem.
A sociedade, a família e a escola não interagem como deveria e há falhas nos órgãos que deveriam auxiliar o aluno na aprendizagem.
A sociedade está cheia de informações, modificações, cada vez mais consumista e menos interacionista, a escola acaba muitas vezes selecionando e discriminando aqueles que não se encaixam no padrão estabelecido como adequado, a família está modificada, as pessoas não se relacionam bem, a estrutura familiar diferente, as pessoas preconceituosas e o ser humano com sua essência excluído.
O educador deve além de ensinar combater estereótipos de família, preconceitos racial, social e sexual.
Frente a tudo isso o aluno precisa se formar, aprender e a educação deve ser uma possibilidade de mudança pessoal, profissional, assunção social.
Através da formação o aluno deve conseguir exercer seus plenos direitos de cidadão e viver com mais qualidade.
O professor deixa de trabalhar com a escola ideal para exercer sua função na escola real, e deve agir e transformar essa realidade.
A escola deve ser uma organização aprendente, que tem o aluno como centro da aprendizagem, uma escola reflexiva que age, reflete e age, sempre se autoavaliando.
O aluno deve ser considerado sujeito ativo na aprendizagem e na construção de sua formação.
Mas cada dia encontra-se mais obstáculos frente aos problemas pós-modernos.
Atualmente, não existe relacionamento apropriado entre os autores do processo de ensino e aprendizagem (professor e aluno) muito menos parceria entre família e escola.
É fundamental haver um ambiente acolhedor e propício para o desenvolvimento do aluno e um espaço de trabalho satisfatório para o professor.
No entanto, mesmo isso não ocorrendo, o docente deve agir, articular o processo e auxiliar para que o aluno seja o foco principal da escola e privilegiar sua aprendizagem, como possibilidade dele tornar-se transformador da própria história e superar dificuldades de aprendizagem.
Por estes motivos deve repensar a didática, a formação docente e a prática avaliativa é o principal instrumento para auxiliar o professor no processo de ensino e aprendizagem.
Devido a esse fato notório faço do tema avaliação como mediadora da aprendizagem meu objeto de estudo para monografia e certificação de conclusão de curso de monografia.
As contribuições de Piaget (1923) e Vygotsky (1931) acrescentaram para a prática pedagógica a possibilidade de se compreender melhor o processo educativo.
Piaget faz uma demonstração tácita de que a criança pensa de modo diferente do adulto, demonstrando inclusive as estruturas de conjunto que caracterizam cada estágio, possibilitando que se possa entender melhor como a criança pensa, sem fazer dela um adulto em miniatura nem reduzi-la à condição de um bichinho que precisa ser treinado para se transformar (de fora para dentro) em um adulto.
Nessa perspectiva, os professores devem abordar o seu conhecimento, sem resumir-se a métodos pedagógicos, pois tais métodos Vygostky com a teoria sóciointeracionista demonstra que é possível o desenvolvimento do aluno através de uma prática mediada pelo professor que leva o aluno a evoluir da sua Zona de Desenvolvimento Real para a Zona de Desenvolvimento Potencial.
O professor deve lidar com uma sala de aula, negando todo o seu papel repressor imposto culturalmente e aceitar que cada aluno irá digerir o conhecimento proporcionado por ele de uma maneira singular, ou seja o aluno só irá aprender o que lhe fizer realmente sentido, tendo em vista as suas necessidades psicológicas, sociais, lingüística e cognitivas.
Enfim, deve-se ressignificar o papel docente, aceitando que ao atuar em uma sala de aula, ele vai estar diante de diferentes sujeitos com histórias de vida e capital cultural singular, logo, os resultados avaliativos esperados, não serão de maneira alguma uniformizado.
É necessário, aprimorar-se e utilizar de métodos e teorias fundamentais para compreender o aluno e poder interagir e intervir ativamente no processo de aprendizagem significativa para o educando.
A escola não está sendo um espaço motivador e de estímulo para que o aluno deseje frequentá-la, continuar estudando e desenvolver habilidades e competências necessárias para sua vida e pleno desenvolvimento do cidadão.
A instituição escolar é opressora do aluno o avaliando e classificando de acordo com suas metas e objetivos.
Mas, não utiliza a avaliação para avaliar as etapas de desenvolvimento cognitivo discente e suas reais carências de aprendizagem e ignorando os objetivos, autonomia e expectativas que os alunos e a família esperam da escola.
É preciso rever o processo de avaliação e a partir de um trabalho mais individualizado utilizar avaliações internas e externas como meio para pleno desenvolvimento compreendendo como se pode auxiliar o aluno.
Os estudos de Jussara Hoffman e Charles Hadji são essenciais para esse novo paradigma escolar, ambos com suas teorias de avaliação mediadora e formativa e como modelos para serem aplicados nas escolas.
O coordenador pedagógico deve atuar propondo estudos coletivos, uma reflexão sobre a prática e uma nova abordagem pedagógica na escola.
A escola deve elaborar diagnósticos e realizar intervenções durante o trabalho avaliativo com foco na aprendizagem de todos os seus alunos, porém sem perder de vista o ser humano com sua individualidade, capacidade e ambiente no qual está inserido, ou seja, um olhar amplo, imparcial e sem preconceito, uma escuta atenta que vai além das evidências, já constadas pelas organizações governamentais, sociedade, família e escola.
Como Hoffmann defende a prática da elaboração de registros e relatórios descritivos em avaliação, que permitam ao professor um agir reflexivo, sua autoria e reconstrução das práticas educativas e avaliativas.
Vygotsky.
Segundo Vygotsky, há dois tipos de elementos mediadores: os instrumentos e os signos – representações mentais que o substituem o mundo real.
O desenvolvimento dessas representações se dá sobretudo pelas interações, que levam ao aprendizado.
“De acordo com a teoria sociocultural de Vygotsky, as interações são a base para que o indivíduo consiga compreender as representações mentais de seu grupo social – aprendendo, portanto.
A construção do conhecimento ocorre primeiro no plano externo e social para depois ocorrer no plano interno e individual.
Nesse processo, a sociedade e, principalmente, seus integrantes mais experientes são parte fundamental para a estruturação de que e como aprender.” (Revista Nova Escola – Junho/Julho de 2011)
O objetivo aqui é demonstrar que a avaliação pode ser um elo entre aluno e professor que auxilia a aprendizagem.
A prática avaliativa pode ser objeto de estudo do psicopedagogo para que ele possa contribuir para a formação de uma escola mais condizente com a educação planetária e formação do professor.
A avaliação deve ser uma medida para ação.
Diferentes abordagens.
Dois tipos de abordagem estão presentes na atuação dos psicólogos:
A behaviorista ou comportamentalista possui uma técnica de ensino mais antiga em que o conhecimento é adquirido em estímulo-resposta.
Em uma linguagem mais popular, os behavioristas acreditam que o aluno adquire o conhecimento com decoração de conteúdos, cópias, prática de muitos exercícios, é uma linha mais tradicional em que se prepara realmente o aluno para ser massa do mercado de trabalho.
Ela não procura explicar os conhecimentos cognitivos, não considera as emoções e necessidades do educando.
Não consideramos essa abordagem totalmente negativa, ela é muito útil ainda para que o aluno apreenda alguns conteúdos, como algumas regras matemáticas, alguns dados geográficos, mas ela não deve ser a única linha seguida na escola, pois não é suficiente para suprir as necessidades atuais para formação do cidadão.
A abordagem cognitivista apresenta o sujeito como um ser ativo no processo de aprendizagem considera que o aluno tem conhecimentos prévios e precisa ser considerado, sabe que o indivíduo é único e possui tempos e necessidades variadas.
A abordagem cognitivista não é por isso a única adequada ela é mais atual, mas a behaviorista também tem suas qualidades para a educação.
Considera o ser como atuante no seu aprendizado, a escola tem um papel mais reflexivo no caminho a ser percorrido até que o aluno aprenda.
Com estudos sobre essa abordagem não se considera mais o professor como único detentor do saber, o aluno passa a ter mais atuação e responsabilidade pela construção do seu conhecimento.
Essa abordagem deve ser utilizada na resolução de problemas, atividades argumentativas, projetos onde o aluno protagonize o seu aprendizado.
A Educação de décadas passadas não é muito diferente da exercida no século XXI.
Mas, na década passada nem todos possuíam celular, computadores, internet.
Agora grande maioria da população acessa a informação e o conteúdo como, quando e onde quiser.
Por que, então, a educação ainda não faz uso em sua maioria dessas novas tecnologias?
Por que não usufruir mais destas ferramentas para que o aluno possa alcançar a aprendizagem e desenvolver-se plenamente para atuar nessa nova era?
Por que ainda enfrentamos tantas resistências?
Está mais do que na hora das novas tecnologias auxiliarem na educação e para isso o primeiro passo é o educador aceitar e incorporar essa nova técnica para colaborar no seu dia a dia.
As tecnologias e as necessidades do mundo contemporâneo trouxeram a necessidade de um ensino mais dinâmico, que torne o aluno mais protagonista de sua aprendizagem e livre para fazer escolhas.
Por isto é imprescindível mudanças no paradigma educacional, não basta estar apenas nas teorias, é urgente para a educação que se coloque isso em prática.
Pois, é claro que o aluno que domina todos esses recursos não irá aprender ou interagir com uma educação arcaica do século passado.
O docente precisa repensar isso e fazer uso emergencial de novas tecnologias.
A teoria walloniana nos faz perceber mesmo com todo o aparato multimídia e digital existente, o professor deve continuar a exercer a sua função não como um detentor do conhecimento, mas sim como um mediador que direciona o aluno para o melhor caminho para construir uma aprendizagem significativa.
Wallon considera a pessoa como um todo e se atende simultaneamente à preocupação em forma tanto o indivíduo como a sociedade.
Apesar de existir a cultura digital, Wallon nos mostra que ela pode e deve ser humanizada, emocional e se preocupar com cada indivíduo sem transformar a educação em igualitária e com lacunas, pois cada ser humano é único e suas diferenças devem ser respeitadas.
A aprendizagem, segundo a teoria de Ausubel, ela pode ser associacionista como já dissemos, pois, apresentar teoria aos educandos sem contextualizar como era feita pelos behavioristas também, não é negativo para a aprendizagem.
Alguns conhecimentos podem ser passados de forma mecânica e conteudista, pois, depois o aluno aprende a transformar esse conhecimento em significativo.
Mas, como já afirmado, Ausubel com sua teoria mostra a relevância da aprendizagem ser significativa para a construção do conhecimento do ser humano.
As tecnologias de informação e comunicação poderão tornar os alunos mais responsáveis pelo seu processo de ensino-aprendizagem, assim, também como dar a ele mais autonomia para escolher outros recursos que mais sejam facilitadores para aquisição do conhecimento.
A qualidade de ensino pode melhorar muito, isso dependerá muito do método avaliativo do professor.
O planejamento deve ser uma ação constante e habitual para o docente, que deve possuir planos em longo prazo, em curto prazo e ações diferentes para alcançar suas metas.
Pois, no percurso educacional problemas podem surgir e atrapalhar o processo educacional se o professor não possuir outro problema para intervir.
Para elaborar o planejamento educacional é imprescindível o professor ter um diagnóstico, objetivos, estratégias, ações, metas, avaliações diversificadas e saber fazer uma autoavaliação e uma autocrítica do seu desenvolvimento profissional e dos resultados esperados alcançados pelos seus alunos.
O resultado, não visa claro, conceitos avaliacionais e sim o desenvolvimento de competências e habilidades dos alunos.
O planejamento deve prever as orientações dos PCNs, o projeto pedagógico educacional, os projetos auxiliares, avaliação, recuperação e reforço para os alunos que ainda não conseguiram atingir o objetivo.
O planejamento deve ser em longo prazo e dentro desse planejamento, o professor deve desenvolver sua sequência didática com planos de aula.
O ambiente educacional é um microssistema que deve estar em primazia à educação, a formação do indivíduo e construção do cidadão com preparo para o mercado de trabalho.
Alunos, equipe gestora, professores, pais, funcionários, parceiros e comunidade próxima devem estar engajados no mesmo objetivo, no projeto pedagógico daquela instituição.
Continua a ser um microssistema de trocas com atividade molares e moleculares, a participação dos alunos, pais, professores, gestão envolvidos em um sistema circular em que um deve envolver, agradar e realizar as suas expectativas e a do próximo.
O aluno deve desenvolver seu papel numa troca significativa para ele, para ir às expectativas de seu pai e professores.
O professor também deve ir ao encontro das expectativas dos alunos, pais e gestão escolar.
O gestor deve relacionar bem e articular-se bem com alunos, pais e professores.
Este é um microssistema com uma corrente interdependente dos seus participantes.
Os padrões de interação são constantes assim como os papéis que cada um deve desenvolver.
Concluindo.
A unidade educacional atual deixa de centrar seus esforços no ensino e passa a centrar na aprendizagem do aluno, porém o ensino tradicional não é mais o adequado as necessidades dos alunos e a vida pós-moderna.
O professor não é mais transmissor de conhecimento, agora ele é visto como mediador-facilitador da aprendizagem do aluno que busca a informação que deseja em outros meios, além da instituição educacional.
O ser humano necessita aprender, aprimorar-se, atualizar-se, mas a rotina e o tempo são estafantes.
O homem precisa de mais autonomia e liberdade para fazer suas escolhas de acordo com o mundo pós-moderno, muito mais prática e flexível.
Capaz de tornar o ser mais independente e sujeito da sua própria história.
Vivemos hoje num mundo globalizado, em uma sociedade influenciada por questões políticas, econômicas, sociais, religiosas, que trazem implicações para a educação, exigindo um novo paradigma educacional.
A escola enfrenta novas demandas oriundas de uma sociedade complexa.
A formação do cidadão, hoje, implica considerar o indivíduo como ser único: com necessidades educacionais diversificadas, diferentes modalidades de aprendizagem e inserido em um ambiente coletivo.
A interação aluno-aluno favorece a aprendizagem é sempre positiva no ensino a distância ou presencial, rompendo com barreiras geográficas e o sentimento de solidão que o aluno possa possuir.
As ações de interação são de fundamental importância para uma aprendizagem significativa.
A educação é aquela que dá prazer ao professor e ao aluno.
O professor consegue atingir seu objetivo e o aluno aprende com satisfação.
O professor consegue desenvolve seu trabalho com qualidade e o aluno consegue exercer sua cidadania e ser um sujeito ativo na sua aprendizagem.
Muitos conteúdos são apresentados na escola, aprendemos muitas coisas na vida, mas nos lembramos apenas do que necessitamos ou que foi “útil” ter aprendido.
É por isso que a aprendizagem tem que ser significativa, cabe ao professor mostrar ao aluno a importância de um contexto estudado, mostrando sua utilização na vida cotidiana, apresentando uma situação-problema.
Para que o conteúdo seja aprendido por todos os alunos o professor deve utilizar métodos variados, pois, alguns não assimilam da mesma forma que outros.
A aprendizagem é útil, auxilia na formação, que desenvolve o ser.
A escola deve colaborar para que seus alunos desenvolvam competências e habilidades que os capacitem a viver em sociedade da forma mais plena possível.
A aprendizagem deve fazer com que o indivíduo mude e que se torne uma pessoa melhor.
Para Gagné (1974) o ato de aprendizagem consiste tipicamente em uma cadeia de oito eventos ou etapas, alguns internos e outros externos ao aprendiz.
Ainda segundo Gagné (1974), quando ocorre falha no processo de aprendizagem, essa acontece em um desses níveis.
É tarefa do professor identificar o nível e encaminhar a sequência de aprendizagem nas etapas a seguir mencionadas:
1. obter a atenção do aprendiz;
2. estimular a recordação de informações;
3. explicitar os objetivos da instrução;
4. apresentar estímulos pertinentes;
5. proporcionar orientação que conduza à coordenação da aprendizagem atual na forma de uma cadeia de conceitos;
6. possibilitar o desempenho do aluno;
7. proporcionar feedback;
8. avaliar o desempenho do aluno.
A avaliação deve assim ser uma prática reflexiva de ações processuais que foram realizadas em uma sequência didática deve ser utilizada como estratégia pedagógica para atingir-se o objetivo da aprendizagem do aluno.
Para saber mais sobre o assunto.
BEYER, Otto Hugo. O Fazer Psicopedagógico. Porto Alegre: Mediação, 1996.
HOFFMAN, Jussara. Avaliação e Mediação. Porto Alegre: Mediação, 1996.
HADJI, Charles. Avaliação Desmistificada. São Paulo: Ed. Artmed, s.d.
VYGOTSKY, Lev. A Formação Social da Mente. São Paulo: Fontes, 2000.
REVISTA NOVA ESCOLA. São Paulo: Ed. Abril, Junho/Julho de 2011.
Texto: Prof. Eliana Bastos Novaes Vatutin.
Especialista em Psicopedagia pela Unicsul/INEC.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Esteja a vontade para debater ideias e sugerir novos temas.
Forte abraço.
Prof. Dr. Fábio Pestana Ramos.
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.