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Periodicidade: Semestral (edições em julho e dezembro) a partir do inicio do ano de 2013.
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quinta-feira, 21 de julho de 2016

A Revolução Industrial e suas implicações.

Para entender a história... ISSN 2179-4111. Ano 7, Volume jul., Série 07/07, 2016.



Prof. Dr. Fábio Pestana Ramos.

Doutor em Ciências Humanas - USP.
MBA em Gestão de Pessoas - UNIA.

Licenciado em História - CEUCLAR.
Licenciado em Filosofia - FE/USP.

Bacharel em Filosofia - FFLCH/USP.



A Revolução Industrial do século XVII representou a aceleração do desenvolvimento tecnológico e a consolidação do sistema capitalista, baseado nos mercados e na concorrência, onde diferentes capitais individuais foram obrigados a aceitar níveis de preços e salários, determinados segundo um modo de auto-regulação pelo próprio mercado.
O que tornou possível a existência do Estado Liberal, não intervencionista, ocupado exclusivamente com as suas funções clássicas de manutenção da ordem e das condições gerais externas necessárias ao processo de acumulação do capital, teoricamente sem interferir diretamente sobre o desenvolvimento capitalista.
O Estado passou a garantir, por outro lado a sua legitimidade a partir da existência de uma esfera pública, na medida em que o acesso à mobilidade social passou a ser pontuado por critérios de propriedade e educação.
Uma característica que é fruto também da Revolução Francesa, com seu ideal de igualdade, liberdade e fraternidade.
Tendo a educação como parâmetro equalizador das oportunidades.
Dentro deste contexto, no século XVIII, as maravilhas da ciência foram exibidas ora como provas da existência de Deus, ora como meio para difundir os conhecimentos necessários ao progresso e à afirmação da razão.
A ciência se tornou uma fonte de interesse e de diversão para a aristocracia e, com o Iluminismo, foi elevada à categoria de importante instrumento político.
No século XIX, a ciência iria ainda adquiriu um caráter econômico e político mais explícito, tornando-se símbolo e instrumento para o progresso e para a liberação social.
Por outro prisma, a Revolução Industrial alterou a relação do homem com o trabalho, inaugurando o proletariado industrial baseado no trabalho assalariado, a força produtiva que Marx chamaria de “mais valia”, vendida pelo trabalhador e com a qual passaria a se sustentar e almejar, posteriormente, adquirir certa mobilidade social.
Neste sentido, acontece a urbanização da sociedade, com a superlotação das cidades e, com o barateamento gradual dos bens industrializados, disponibilizando produtos que iriam alimentar o consumismo.
Os avanços tecnológicos trouxeram a Revolução Industrial e a topografia das cidades começou a mudar.
Desenvolvem-se grandes centros urbanos, fomentando o êxodo rural, fazendo nascer um perfil urbano de homem, já que, até então, a maioria da população concentrava-se no campo.

Para saber mais sobre o assunto.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. História da Civilização: Curso moderno. São Paulo: Nacional, 1993.
HOBSBAWN, Eric. Era dos extremos: O breve século XX, 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.



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Forte abraço.
Prof. Dr. Fábio Pestana Ramos.

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