Para entender a história... ISSN 2179-4111.
Ano 7, Volume jul., Série 07/07, 2016.
Prof. Dr. Fábio Pestana Ramos.
Doutor em Ciências Humanas - USP.
MBA em Gestão de Pessoas - UNIA.
Licenciado em História - CEUCLAR.
Licenciado em Filosofia - FE/USP.
Bacharel em Filosofia - FFLCH/USP.
A Revolução
Industrial do século XVII representou a aceleração do desenvolvimento
tecnológico e a consolidação do sistema capitalista, baseado nos mercados e na
concorrência, onde diferentes capitais individuais foram obrigados a aceitar
níveis de preços e salários, determinados segundo um modo de auto-regulação pelo
próprio mercado.
O que tornou
possível a existência do Estado Liberal, não intervencionista, ocupado
exclusivamente com as suas funções clássicas de manutenção da ordem e das condições
gerais externas necessárias ao processo de acumulação do capital, teoricamente
sem interferir diretamente sobre o desenvolvimento capitalista.
O Estado passou
a garantir, por outro lado a sua legitimidade a partir da existência de uma
esfera pública, na medida em que o acesso à mobilidade social passou a ser
pontuado por critérios de propriedade e educação.
Uma
característica que é fruto também da Revolução Francesa, com seu ideal de
igualdade, liberdade e fraternidade.
Tendo a educação
como parâmetro equalizador das oportunidades.
Dentro deste
contexto, no século XVIII, as maravilhas da ciência foram exibidas ora como
provas da existência de Deus, ora como meio para difundir os conhecimentos
necessários ao progresso e à afirmação da razão.
A ciência se
tornou uma fonte de interesse e de diversão para a aristocracia e, com o
Iluminismo, foi elevada à categoria de importante instrumento político.
No século XIX, a
ciência iria ainda adquiriu um caráter econômico e político mais explícito,
tornando-se símbolo e instrumento para o progresso e para a liberação social.
Por outro
prisma, a Revolução Industrial alterou a relação do homem com o trabalho,
inaugurando o proletariado industrial baseado no trabalho assalariado, a força
produtiva que Marx chamaria de “mais valia”, vendida pelo trabalhador e com a
qual passaria a se sustentar e almejar, posteriormente, adquirir certa
mobilidade social.
Neste sentido,
acontece a urbanização da sociedade, com a superlotação das cidades e, com o
barateamento gradual dos bens industrializados, disponibilizando produtos que
iriam alimentar o consumismo.
Os avanços
tecnológicos trouxeram a Revolução Industrial e a topografia das cidades
começou a mudar.
Desenvolvem-se
grandes centros urbanos, fomentando o êxodo rural, fazendo nascer um perfil
urbano de homem, já que, até então, a maioria da população concentrava-se no
campo.
Para saber mais sobre o assunto.
HOLANDA, Sérgio
Buarque de. História da Civilização:
Curso moderno. São Paulo: Nacional, 1993.
HOBSBAWN, Eric. Era dos extremos: O breve século XX,
1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
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Forte abraço.
Prof. Dr. Fábio Pestana Ramos.
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