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Periodicidade: Semestral (edições em julho e dezembro) a partir do inicio do ano de 2013.
Mensal entre 13 de agosto de 2010 e 31 de dezembro de 2012.

sexta-feira, 26 de junho de 2020

Ponte Pênsil da Cidade de São Vicente: resgate da memória das estruturas históricas do litoral paulista.

 Para entender a história... ISSN 2179-4111. Ano 11, Volume jul., Série 26/07, 2020.

 


Prof. Dr. Fábio Pestana Ramos.

Líder do Projeto.

Doutor em Ciências Humanas - USP.
MBA em Gestão de Pessoas - UNIA.

Licenciado em História - CEUCLAR.
Licenciado em Filosofia - FE/USP.
Bacharel em Filosofia - FFLCH/USP.


COAUTORES: Cleiton Cabral dos Santos, Kaique de Souza Almeida Gaspar, Milton Donizeti de Melo, Patrick Santos da Silva, Ricardo Gomes Lima, Ronaldo Adriano Oliveira (discentes do curso de engenharia Civil do Centro Universitário Monte Serrat - Unimonte).

 

O texto deste artigo originalmente compunha uma monografia inserida no Projeto Integrador, orientada pelo Prof. Dr. Fábio Pestana Ramos, apresentada pelos alunos citados como coautores ao Centro Universitário Monte Serrat (Unimonte), como exigência parcial para a aprovação na disciplina PI II do curso de engenharia. Os resultados da pesquisa foram apresentados ao público em evento interno da universidade, submetido à avaliação de banca de professores do curso no ano de 2015. Este texto foi atualizado pelo orientador, com modificações substanciais, para publicação na Revista.

 

 

RESUMO: Previamente aprovado pela diretoria de ensino e a coordenação dos cursos de engenharia da Unimonte; inserido em um projeto amplo que pretende resgatar a memória de estruturas históricas do litoral paulista; prosseguimento de uma intenção iniciado no ano de 2014, que recuperou estruturas da cidade de Santos, reconhecida com o Prêmio Padre Geraldo Magela, outorgado pelo grupo Anima; atendendo ao convênio firmado com a Fundação Arquivo e Memória de Santos e o Instituto Histórico e Geográfico de Santos em 2015, com a finalidade de auxiliar na composição do acervo permanente aberto à visitação pública; pretende-se contribuir para a recuperação da memória da história da estrutura Ponte Pênsil, localizada no município de São Vicente/SP, erguida em abril de 1911 e inaugurada em 21.05.1914, através da construção de uma maquete que retrate a mencionada edificação.

PALAVRAS-CHAVE: História do Brasil, Recuperação da Memória, Memória do litoral paulista, História da Engenharia, Ponte Pênsil (São Vicente).

 

ABSTRACT: Previously approved by the teaching board and the coordination of engineering courses at Unimonte; inserted in a broad project that aims to rescue the memory of historical structures on the coast of São Paulo; continuation of an intention started in 2014, which recovered structures in the city of Santos, recognized with the Padre Geraldo Magela Award, granted by the Anima group; in compliance with the agreement signed with the Santos Archive and Memory Foundation and the Santos Historical and Geographic Institute in 2015, with the purpose of assisting in the composition of the permanent collection open to public visitation; The aim is to contribute to the recovery of the memory of the history of the Ponte Pênsil structure, located in the municipality of São Vicente/SP, built in April 1911 and inaugurated on 05/21/1914, through the construction of a model that portrays the aforementioned building.

KEYWORDS: History of Brazil, Recovery of Memory, Memory of the coast of São Paulo, History of Engineering, Suspension Bridge (São Vicente).

 

 

1. INTRODUÇÃO.

A reprodução de maquetes pertence a um projeto amplo de recuperação da memória do litoral paulista, previamente aprovado pela diretoria de ensino e a coordenação dos cursos de engenharia da Unimonte.

O desenvolvimento do resgate da estrutura da Ponte Pênsil, localizada no município de São Vicente/SP, constitui um prosseguimento de uma intenção iniciada no ano de 2014, que recuperou estruturas da cidade de Santos, reconhecida com o Prêmio Padre Geraldo Magela, outorgado pelo grupo Anima; atendendo a um convênio firmado com a Fundação Arquivo e Memória de Santos e o Instituto Histórico e Geográfico de Santos em 2015.

A construção da maquete possui a finalidade de auxiliar na composição do acervo permanente, aberto à visitação pública, nas instituições citadas; contribuindo com a recuperação da memória da história do Brasil e a valorização do sentimento de nacionalidade.

A Ponte Pênsil de São Vicente/SP foi construída entre os morros dos Barbosas e do Japuí, atravessando o Mar Pequeno em sua parte mais estreita afim de conduzir o emissário do esgoto de São Vicente e de Santos para a atual Praia Grande/SP prevenindo assim a proliferação de doenças.

A sua construção tornou-se possível o desenvolvimento da região do Litoral Sul, facilitando o acesso entre Santos, São Vicente e Praia Grande, diminuindo o tempo gasto de viagem para as demais localidades da região. O início da construção foi em abril de 1911 e foi inaugurada em 21.05.1914.

A sua grandiosidade considerando os parâmetros do século XX, os detalhes arquitetônicos, a finalidade para a qual foi construída, sua importância na história do cidadão vicentino e por ser a primeira ponte pênsil do Brasil nos levou a escolher essa estrutura como tema do nosso Projeto.

Em 1994, para comemorar o seu octogésimo aniversário e a inauguração da iluminação, a pedido da Prefeitura de São Vivente, o Dr. João Maurício Caiaffa dos Santos Ibanêz lançou o livro “A Ponte Pênsil e o menino”, onde conta a estória de um menino tendo como plano de fundo a referida Ponte. Até onde sabemos, esse é um dos poucos acervos dedicados a Ponte Pênsil, não encontramos nenhuma maquete.

A Ponte Pênsil de São Vicente foi à primeira do gênero construída no Brasil e foi fundamental no desenvolvimento da região, mas sua principal importância foi salvar vidas. Ela é considerada o cartão-postal número um de São Vicente, um dos principais cartões postais do litoral de São Paulo e um marco da economia de uma época.

 

2. OBJETIVO E PROBLEMÁTICA.

O objetivo deste trabalho é demonstrar a importância da Ponte Pênsil no passado dos vicentinos, despertar a atual geração sobre o seu futuro e preservar a memória das próximas gerações.

Por meios de pesquisas e cálculos geométricos construir uma maquete da Ponte Pênsil que ficará exposta ao público na Fundação Arquivo e Memória de Santos.

Além dos mencionados na Bibliografia não encontramos fontes confiáveis, por isso, no dia 04.09.2015 alguns integrantes do grupo visitaram a obra e colheram dados com a empresa Concrejato Serviços Técnicos de Engenharia S/A, responsável pela reforma, na pessoa do Sr. Renato Encinas Lopes, engenheiro.

Por questões de estética, proporção e dimensões limitadas da maquete, usamos, com aprovação dos professores responsáveis pela Turma do Projeto Integrador II, três medidas de escalas para a maquete, sendo: 1:200 no comprimento, 1:75 na largura e 1:100 na altura.

 

3. REFERENCIALTEÓRICO E METODOLIGIA.

Considerando os contratempos: falta de diversidade de material bibliográfico confiável existente sobre a Ponte Pênsil e a estética, proporção e dimensões limitadas da maquete visitamos a obra de reforma da Ponte Pênsil para extrair dados confiáveis e elaborarmos nosso Projeto.

No dia 04.09.2015 alguns integrantes da nossa equipe estiveram na obra de reforma. O Sr. Renato Encinas Lopes, engenheiro da empresa Concrejato Serviços Técnicos de Engenharia S/A, recebeu a equipe, explicou detalhes da reforma e respondeu as nossas dúvidas.

A visita foi registrada conforme Foto 1 (Visita a reforma da Ponte Pênsil) demonstrada abaixo. Da esquerda para a direita: Carla Oliveira Souza Gomes do Santos, Kaique de Souza Almeida Gaspar, Renato Encinas Lopes e Evandro, mestre de obras.

Posteriormente, recebemos via e-mail do Sr. Renato o projeto original da ponte demonstrado abaixo na Figura 1 - Planta do estado atual da Ponte Pênsil.

Figura 1: Planta do estado atual da Ponte Pênsil.


 

4. ANÁLISE DOS DADOS E RESULTADOS.

Após estudo e discussão dos dados da Visita, resolvemos utilizar, com aprovação dos professores responsáveis pela Turma do Projeto Integrador II, três medidas de escalas para a maquete, sendo: 1:200 no comprimento, 1:75 na largura e 1:100 na altura.

Para montagem da maquete utilizamos: MDF, palitos de sorvetes, cola, tinta verniz para madeira, tinta spray prata, papel cartão, cordas de violão, pistola à quente, alicate, estilete, tesoura, chave philips e os Programas Autocad e Promob arch.

Com ajuda do Programa Promob arch e graças a proficiência do Ricardo Gomes Lima, integrante de nossa equipe, montamos a planta da maquete conforme demonstrado abaixo nas Figuras: Figura 2 - Plano de corte das peças da maquete, Figura 3 - Base e Estruturas (maquete da Ponte Pênsil), Figura 4 - Imagem da montagem da maquete e Figura 5 - Imagem da maquete em perspectiva 3D.






Abaixo na Foto 2: Prévia da maquete constata-se o estado da maquete em 04.11.2015.


 

5. RESULTADOS DA PESQUISA.

O início da construção foi em abril de 1911 e foi inaugurada em 21.05.1914. A sede náutica do Clube de Regatas Tamiaru foi destruída para depósito de materiais de construção.

Os materiais foram importados da Alemanha que chegou no porto de Santos pelos navios “Erlanger” em 10.04.1911; “Bonm” e “Hale”, em 26.04.1911; “Crefeld” em 10.05.1911. Em 1912-1913, aportaram em Santos os navios: “Anversoise”, “Liegoise”, “Treassury”, “Granhandel”, “Jarsberg”, “R. Argentina” e “Marinier”.

A ponte é suspensa por cabos de aço. Possui o vão de 180 metros, com 5 metros de largura. O piso fica a 6,5 metros acima da maré baixa e a 4 metros da maré alta. A carga máxima permitida é de 60 toneladas.

O leito para pedestre é de 1,40 metro. Paralelamente à ponte está dois emissários de esgoto.

As torres que servem de suporte para os cabos de aço medem 23 metros de altura, incluindo 8 metros que se acha enterrados em concreto no solo.

Os cabos de aço em número de dezesseis, tem 286 metros. Destes cabos, doze pesa 6 toneladas cada um e quatro 10 toneladas. A iluminação só foi instalada no dia 21 de maio de 1994 para comemorar oito décadas de sua existência.

 

6. LOCALIZAÇÃO E FINALIDADE.

A Ponte Pênsil de São Vicente/SP foi construída entre os morros dos Barbosas e do Japuí, atravessando o Mar Pequeno em sua parte mais estreita no município de São Vicente, estado de São Paulo, mais precisamente nas coordenadas: 23°58’31.91”S 46°23’19.16”W.

Abaixo a Figura 6 – Localização demonstrando sua localização entre o Mar Pequeno e a Baía de São Vicente.

 

Ela foi construída afim de conduzir o emissário do esgoto de São Vicente e de Santos para a atual Praia Grande/SP, prevenindo assim a proliferação de doenças. Com a sua construção tornou-se possível o desenvolvimento da região do Litoral Sul, facilitando o acesso entre Santos, São Vicente e Praia Grande, diminuindo o tempo gasto de viagem para as demais localidades da região.

Abaixo a Foto 3 - Fotografia aérea tendo como fundo o Morro dos Barbosas.

 

A Ponte Pênsil de São Vicente foi à primeira do gênero construída no Brasil e foi fundamental no desenvolvimento da região, mas sua principal importância foi salvar vidas.

Ela é considerada o cartão-postal número um de São Vicente, um dos principais cartões postais do litoral de São Paulo e um marco da economia de uma época.

Atualmente, sua finalidade, com exceção de sua história e importância ao passado, é questionada pelos seguintes contratempos: a) a altura de sua base em relação ao mar, não possibilita a passagem de grandes embarcações e dificulta a passagem de embarcações pequenas na maré alta; b) sua largura impede a passagem de dois veículos paralelos um ao outro de uma única vez, gerando congestionamentos e riscos de assalto, em especial, à noite.

 

7. HISTÓRICO DA CONSTRUÇÃO.

Na metade do século XIX, uma série de epidemias assolava o litoral que se tornara um grande foco da malária. São Vicente, alagadiça, cercada de mangues e matagais onde desaguavam as fossas negras de todas as moradias da cidade e também de Santos, passou a espantar até navegadores.

Em 1842 explodem diversas doenças como a febre amarela, tuberculose, varíola, impaludismo, sarampo, gripe e febre tifoide. Essas epidemias, coincidem com a expansão urbana da ilha de São Vicente. As doenças eram causadas pelas péssimas condições ambientais da ilha e de sua superlotação de nativos e imigrantes.

O grau de mortandade provocado pelas epidemias em Santos na época ficou conhecido como “porto maldito” e teve que construir um novo cemitério, o da Filosofia.

Com tantas perdas humanas e prejuízos comerciais os setores econômicos e políticos começaram a debater a questão chegando ao ponto: o saneamento. Após anos de discussão, finalmente foi aprovado o plano de saneamento para a ilha de São Vicente, de autoria do engenheiro sanitarista Francisco Saturnino Rodrigues de Brito, chefe da Comissão de Saneamento de Santos. O plano consiste em dois sistemas: um de esgoto e outro de galerias pluviais para recolhimento das águas da chuva.

Em 1910, Saturnino já havia elaborado a planta de urbanização de Santos que incluía um plano completo de esgotos através de estações elevatórias cujo despejo inicial seria numa estação terminal onde hoje é o bairro do José Menino. Havia, no entanto, necessidade de levar o esgoto mais adiante na ilha de São Vicente. Saturnino de Brito optou por levar o esgoto até a ponta do Morro de Itaipu, no atual município de Praia Grande, o que exigia a construção de uma ponte sobre o Mar Pequeno capaz de suportar a pesada tubulação. Diante dessa necessidade surgiu uma das maiores obras da engenharia brasileira: a Ponte Pênsil.

Após minuciosos estudos e com o aval do presidente da província de São Paulo (o equivalente a governador) Dr. Francisco de Paula Rodrigues Alves, o material para a construção da ponte foi encomendado à Casa August Klõnne Dortoneud na Alemanha e em 17 de fevereiro de 1911, foi assinado contrato com a firma Trajano de Medeiros & Cia, do Rio de Janeiro, para a execução da obra.

Foi inaugurada em 21 de maio de 1914. O Presidente Rodrigues Alves cortou a fita inaugural e uma multidão avançou e a Ponte balançou. A população entrou em pânico e procuraram logo alcançar terra firme e segundo relatos de jornais da época, alguns se atiraram ao mar, pensando que a ponte não fosse resistir. Resistiu e Resiste até hoje!

 

Dois anos após a inauguração, os técnicos notaram que a Ponte Pênsil estava envelhecida. Ela foi pintada e passou a receber nova pintura a cada dois anos. Em 1932, ela chegou a ser picotada e raspada por inteiro, para receber nova dose de tinta.

Na década de 1960 e início da década de 70, os cuidados se intensificaram. Reforços nas bases, novas pinturas. Chegou-se a pensar em interdição da ponte. A ideia foi descartada, pois traria grandes prejuízos a todo o Litoral Sul, tendo em vista que nem todo o tráfego poderia ser desviado pela Rodovia Pedro Taques.

Quando completou 80 anos, em 1994, a famosa ponte, tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arquitetônico e Artístico Nacional (Condephaat), ganhou um sistema de iluminação que a destaca à noite do cenário vicentino, conforme observa-se na Foto 5 (iluminação noturna). 

 

Em 1999, sofreu nova reforma, preparando-a para continuar suportando o tráfego de veículos no século XXI.

Ela foi fechada em 14 de agosto de 2013 para reformas de restauração e, depois de ter adiado sua reinauguração por mais de cinco vezes, a Ponte foi reaberta em 30.10.2015. Essa foi a mais radical reforma iniciada. Essa foi a primeira vez depois de mais de um século que os cabos de aço foram trocados.

 

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS.

Ponte Pênsil de São Vicente foi uma das primeiras pontes suspensas do Brasil, além de até hoje transportar veículos e pedestres entre Morro dos Barbosas e Japuí, a despeito de originalmente concebida como uma maneira de transpor o esgoto da cidade de Santos e São Vicente; transformou-se em um cartão postal do litoral paulista.

Restaurada em 2015, com os cabos corroídos substituídos juntamente com outros trabalhos de reparação; como outras estruturas históricas brasileiras, carece de maior valorização e atenção por parte do poder público.

Razão pela qual, pretendemos com a conclusão da maquete da Ponte Pênsil, a seguir exposta nas imagens abaixo, contribuir para a preservação de sua memória histórica enquanto patrimônio da história da engenharia e arquitetura brasileira.








 

9. REFERÊNCIAS.

IBANÊZ, João Maurício Caiaffa dos Santos. A Ponte Pênsil e o menino. Prefeitura Municipal de São Vicente. Maio.1994.

BRASIL. Biografias, Francisco de Paula Rodrigues Alves. Disponível em <https://www.educacao.uol.com.br/biografias/francisco-de-paula-rodrigues-alves.jhtm>. Acesso em: 02.nov.2015.

BRASIL.Ponte Pênsil que liga Praia Grande a São Vicente será interditada por um ano. Disponível em <https://www.terceiraidadedepraiagrande.com.br/forum/topico-video-ponte-pensil-que-liga-praia-grande-a-sao-vicente-sera-interditada-por-um-ano>. Acesso em: 02.nov.2015.

BRASIL. Após seis adiamentos, Ponte Pênsil é reinaugurada em São Vicente. Disponível em <https://www.atribuna.com.br/noticias/noticias-detalhe/cidades/apos-seis-adiamentos-ponte-pensil-e-reinaugurada-em-sao-vicente/?cHash=e81411ald1744cd85803ed5305e350d3>. Acessado em 02.11.2015.

BRASIL. Coordenadas da Ponte Pênsil. Disponível em <https://www.google.com.br/maps/@-23.9753377,-46.386596,16.01z>. Acesso em: 02.nov.2015.

BRASIL. Ponte Pênsil - São Vicente. Um trabalho em blog, que trata sobre a história da Ponte Pênsil - São Vicente, com detalhes, curiosidades e muito mais. Disponível em <https://www.pontepensil.blogspot.com.br/>. Acesso em: 02.set.2015.


 

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Forte abraço.
Prof. Dr. Fábio Pestana Ramos.

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